

A Caixa Econômica Federal deverá se manifestar no próximo dia 27 sobre a possibilidade de fornecer o espelho e gabarito das provas do Processo de Seleção Interna por Competência (PSIC) para formação de banco de habilitados, bem como da interposição de recurso. Além disso, deverá apresentar solução quanto à forma de realização da prova, de modo a possibilitar aos candidatos as mesmas condições e a efetiva fiscalização.
A determinação é do Ministério Público do Trabalho (MPT) da 10ª Região que, a partir de denúncias do Sindicato dos Bancários de Brasília, promoveu audiência nesta segunda-feira (10) entre representantes da empresa e dos trabalhadores para tratar dos problemas no processo seletivo, ocorrido em abril deste ano. Participaram os diretores do Sindicato Antonio Abdan, Wandeir Severo e Fabiana Uehara, também diretora da Contraf-CUT, e o presidente da Fenae, Jair Pedro.
Os representantes dos trabalhadores cobram transparência no processo seletivo, já que o banco não fornece cópia nem o gabarito das provas e não há a possibilidade de interposição de recurso. Não bastasse isso, as questões são mal formuladas, sem resposta ou com mais de uma, faltam dados, a bibliografia é incompleta e a fiscalização, deficiente, sem contar a falta de isonomia, uma vez que os exames são diferentes para cada candidato.
Reivindicações
Os trabalhadores também reivindicam uma solução para os empregados prejudicados com o desastroso processo de certificação conduzido pela empresa. "74% dos candidatos ficaram de fora do banco de habilitados e estão impedidos de participar de processos seletivos. Não podemos legitimar uma injustiça dessa. Precisamos de uma solução que contemplem a todos", exige Antonio Abdan, secretário de Formação do Sindicato e empregado da Caixa.
Para a procuradora do Trabalho Ana Cristina Tostes Ribeiro, que coordenou a reunião, “para garantir a lisura do processo em questão os candidatos devem ter acesso à prova e ao gabarito, bem como lhes deve ser oportunizada a interposição de recurso”.
“Diante de todas essas falhas, é flagrante o risco de fraude e os prejuízos para os candidatos”, denuncia Antonio Abdan. “Como forma de sugerir melhorias e aperfeiçoar o processo, reivindicamos a criação de um comitê paritário, mas o Caixa recusou de pronto. Esperamos que na audiência do próximo dia 27, agora sob pressão também do MPT, a Caixa reveja sua postura”.
Renato Alves
Do Seeb Brasília
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