Itaú Unibanco

17 de Setembro de 2019 às 13:23

Trabalhadores saem frustrados do GT de Saúde do Itaú

Compartilhe

Os representantes dos trabalhadores do Itaú saíram frustrados da reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde, realizada na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, na quinta-feira (12). O encontro foi marcado para que a direção do banco trouxesse os retornos das reivindicações apresentadas em julho. Porém, o banco não trouxe retorno algum.

O primeiro assunto abordado foi parcelamento da antecipação prevista na cláusula 29. A proposta era que o banco avaliasse a questão de que o desconto para o pagamento da antecipação não ultrapasse os 30% do salário, como diz a lei. Porém, nada foi definido.

Neste assunto, foi apontado ainda o fato de o Itaú estar cometendo muitos erros com a perda de agendamento na perícia do INSS. O banco assumiu o erro e afirmou que paga o salário do trabalhador no período até o reagendamento da nova perícia. Porém, esta verba está sendo apontada no sistema como adiantamento ou salário emergencial e é descontada integralmente no retorno.

O movimento sindical cobrou o fim desse sistema, pois o banco não pode penalizar o bancário por um erro que ele admite ter cometido. O movimento sindical reivindica, desde a última reunião, um canal alternativo de comunicação de afastamento do bancário que acabe com esse problema.

Estagiários e jovens aprendizes

O Coletivo de Saúde dos trabalhadores cobrou novamente uma posição do banco sobre metas para estagiários e jovens aprendizes. Os dois casos têm leis que definem as normas de conduta. Mas denúncias mostram que o banco está usando esses jovens trabalhadores como mão-de-obra barata. Há casos em que os gestores passam senha de acesso ao sistema do banco e outros que entregam as chaves de agências bancárias. Isso configura assédio moral e desvio grave de conduta. Cabe ao banco intensificar as orientações aos gestores.

O movimento sindical aponta ainda que o problema mostra a necessidade de mais contratações. Pois a falta de funcionários e a sobrecarga de trabalho levam a esse tipo de ação.

Readaptação

Na reunião, também foi cobrado o retorno do banco quanto às metas colocadas aos trabalhadores que estão em readaptação. Um exemplo clássico é que, na rede de agências, esses trabalhadores perdem as carteiras de clientes, mas são cobrados como se as tivessem.

Outro problema é que eles voltam para o mesmo local de trabalho. Se a causa do adoecimento foi o trabalho, ele não poderia voltar ao mesmo cenário, no qual acabam passando por um processo de exclusão.

O movimento sindical afirma que esse trabalhador tem que ter um acompanhamento médico e não pode ser deixado de lado na equipe. O banco afirma que está acompanhando, mas as denúncias do movimento sindical não param de crescer.

"O banco deveria ter mais consideração com o movimento sindical e valorizar mais os seus funcionários, pois há mais de dois anos que estamos discutindo esses assuntos e, a cada reunião, o banco só enrola, não traz a solução. É inadmissível aceitar que um banco do porte do Itaú trate seus funcionários e dirigentes com tanto descaso", cobra a diretora da Fetec-CUT/CN Louraci Morais. "O GT de Saúde continua firme na luta por mais saúde e condições de trabalho".

Da Redação com Contraf-CUT

Copyright © 2025 Bancários-DF. Todos os direitos reservados

Feito por Avalue Sistemas

BancáriosDF

Respondemos no horário comercial.

Olá! 👋 Como os BancáriosDF pode ajudar hoje?
Iniciar conversa