Nesta segunda (6) e terça-feira (7) os trabalhadores de empresas particulares de TI se vestiram de preto nos locais de trabalho em protesto contra a intransigência dos patrões na campanha salarial deste ano. Os dois dias de mobilização serviram de preparação para a greve marcada para ter início na quinta-feira (9).

A decisão sobre os dias de preto e a greve geral foram tomadas em assembleia deliberativa no último dia 3. Naquele dia, os trabalhadores rejeitaram a proposta feita pelos patrões de reajuste de 7%, que ainda seria dividida em duas vezes, uma parcela em maio e outra só em novembro, sem retroativo, ou seja, muito abaixo da inflação.

No “dia de vestir preto”, os trabalhadores postaram fotos nas redes sociais do sindicato para mostrar adesão à campanha. Se os patrões não melhorarem a proposta e seguirem intransigentes com ofertas insatisfatórias diante das perdas com a inflação, o trabalhadores pararão na quinta-feira e se concentrarão em frente  ao edifício José de Alencar, na quadra 512 norte, a partir das 7h.

“O dia do preto é um termômetro para saber como será a adesão para a paralisação do dia 9 e potencializar para que os trabalhadores se engajem ainda mais na luta contra essa proposta ridícula”, explica Osiel Rocha, diretor do Sindpd-DF.

A campanha salarial das particulares só teve duas mesas de negociação até agora e os patrões já disseram que aquela seria a ultima proposta. Os trabalhadores das empresas de TI se mostraram muito indignados com a proposta oferecida e com a postura
intransigente pelos patrões. Para o Sindicato, as empresas querem se aproveitar da situação de crise do país para rebaixar o reajuste. “Mas o faturamento do setor não justifica essa posição. Por isso, queremos reposição da inflação e valorização do nosso trabalho.  Caso não haja dialogo, os trabalhadores das empresas de TI continuarão fazendo greve até que o reajuste seja justo para a categoria”, afirmou.

#atidebrasiliavaiparar

Fonte: CUT Brasília