

Outra empresa pública brasileira na mira do pacote privatista de Temer é a Eletrobras. Apesar de ser a maior instituição do setor elétrico da América Latina, a empresa pode ser entregue à iniciativa privada por R$ 20 bilhões, um décimo do valor estimado por especialistas.
E o desmonte já começou: no último dia 18, o presidente da Eletrobras, Wilson Pinto, anunciou na rádio CBN o corte de 50% do quadro funcional, passando de 24 mil para 12 mil funcionários. Com isso, as condições de trabalho ficarão precarizadas, a qualidade do serviço prestado cai, sem mencionar o número de trabalhadores terceirizados.
A entrega da Eletrobras ao mercado internacional trará graves consequências para o povo brasileiro, cujo principal impacto será o aumento de até 16,7% nos preços das tarifas de energia, como previu a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Hoje, a empresa é a espinha dorsal do sistema elétrico nacional interligado, sendo responsável pela geração de 31% da energia consumida no país, controlando 233 usinas elétricas, e por 47% das linhas de transmissão, que já têm mais de 70 mil quilômetros.
Por causa da força expressiva da Eletrobras no mundo, o Brasil detém a matriz energética mais renovável e limpa do planeta, sendo 70% hidrelétrica e 80% renovável, e é o quinto país que mais investiu em energia eólica em 2016.
Nos últimos 7 anos, a empresa distribuiu cerca de R$ 7 bilhões em dividendos para o governo federal, além de fazer investimentos de mais de R$ 50 bilhões no setor. Todo o investimento de anos no patrimônio brasileiro pode ser jogado no lixo para cumprir o plano entreguista de Temer.
Confira o portal www.energianaoemercadoria.com.br e some forças à defesa do patrimônio público brasileiro.
Joanna Alves
Do Seeb Brasília
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