

Com o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado Federal nesta segunda-feira (5), o senador Jorge Viana (PT-AC) assume o cargo. E tem como missão escutar o clamor das ruas e barrar o segundo turno da votação da PEC 55, que congela por 20 anos os investimentos em políticas públicas, principalmente saúde e educação.
A liminar, deferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, considera que, como Renan virou réu no Supremo, não pode continuar no cargo por estar na linha sucessória da presidência da República. Na semana passada, a Corte abriu ação penal e colocou Renan no banco dos réus pelo crime de peculato.
A reviravolta no Senado ameaça não apenas a proposta prioritária para o governo golpista de Temer, como a manutenção do presidente ilegítimo no cargo.
O Sindicato dos Bancários de Brasília, mais uma vez, se posiciona contra a PEC 55, por entender que a proposta é extremamente prejudicial ao povo brasileiro e à classe trabalhadora. Na contrapartida, os interesses do capital financeiro e dos detentores dos títulos da dívida pública ficam assegurados.
Violência policial
Na última terça-feira, 29 de novembro, mais de 20 mil pessoas protestavam pacificamente em Brasília contra a votação em primeiro turno da PEC da maldade. Estudantes, sindicalistas, povos indígenas e trabalhadores sem teto e sem terra foram brutalmente atacados pela Polícia Militar do DF que, com bombas de efeito moral e gás de pimenta, retiraram os manifestantes da Esplanada dos Ministérios.
O Sindicato e a Fetec-CUT/CN denunciaram a atuação da PM. É a primeira vez que a corporação usa de violência gratuita contra manifestantes na Esplanada desde as violentas repressões de 1986 contra o Plano Cruzado II e de 1984, quando o povo exigia eleições diretas para presidente da República.
Joanna Alves
Colaboração para o Seeb Brasília
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