Banco BRB

26 de Novembro de 2025 às 10:20

Sociedade cobra respostas do governo do DF em meio ao escândalo do Banco Master

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A crise desencadeada após a prisão de Daniel Vorcaro e a revelação das fraudes bilionárias envolvendo o Banco Master levou manifestantes à Praça do Buriti, no Distrito Federal. O ato, convocado pela CUT-DF, reuniu diversos segmentos da sociedade que exigiram que o governador Ibaneis Rocha esclareça o papel político do governador do DF na tentativa de aquisição do Master pelo BRB. Entre cartazes e depoimentos, parte dos representantes defendeu a abertura de uma CPI, enquanto outras vozes reforçaram a necessidade de transparência e investigação profunda pelos órgãos competentes.

O protesto reuniu trabalhadoras e trabalhadores do BRB, além de bancárias e bancários de outras instituições públicas e privadas, que se somaram para denunciar os riscos impostos ao patrimônio público e reafirmar a importância da integridade do banco do DF. A presença de diferentes segmentos evidencia que o debate ultrapassa o ambiente interno do BRB e se tornou uma preocupação da categoria e da sociedade.

Durante o ato, Ronaldo Lustosa, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, destacou que a crise atual não surgiu do nada, mas de um conjunto de decisões e interesses já denunciados há meses. Segundo ele, “minha amiga, meu amigo bancário, estamos aqui no ato em frente ao Buriti denunciando essa negociata que afetou o patrimônio público do Distrito Federal. Estamos defendendo as funcionárias e os funcionários do BRB, porque o banco, nessa história toda, foi vítima de uma organização que se articulou para dilapidar o patrimônio público. E quem iniciou essa denúncia? Fomos nós, do Sindicato dos Bancários de Brasília. Fomos ao Banco Central com a deputada Erika, fomos à CVM, ao Tribunal de Contas e à Câmara Legislativa. Acionamos todas as instâncias. O sindicato sempre esteve atuante nessa pauta e continuará defendendo o trabalhador e o patrimônio público do DF”.

Entre as falas registradas, um servidor do BRB, que preferiu não se identificar, resumiu o sentimento de parte da categoria. Para ele, o que mais revolta é a cobrança diária por metas e produtividade enquanto a alta gestão tomava decisões temerárias, alheias ao interesse público. Em suas palavras, “a gente trabalha sob pressão constante para entregar lucro e resultado, enquanto a direção do banco tomava atitudes que não tinham nada a ver com o interesse público. E o governo, na figura do governador e da vice-governadora, atuou ativamente para empurrar o BRB para cima do Master, mesmo com todos os sinais claros de que aquela operação tinha problemas sérios. Agora fingem que não sabiam de nada e se eximem da responsabilidade”.

Quando questionado sobre o que espera daqui em diante, o servidor reforçou a necessidade de uma investigação rigorosa e transparente. “O problema é que os mesmos envolvidos continuam indicando cargos dentro do BRB. Isso afeta diretamente nossa confiança. O BRB é um banco público, feito para servir Brasília, e quem deveria proteger isso falhou com a gente”.

A mobilização deixa evidente que a sociedade não aceitará a falta de respostas. A população quer clareza sobre a insistência do governo na compra do Master, sobre a falta de transparência nas negociações e sobre os riscos impostos ao patrimônio público. O afastamento da antiga diretoria do BRB não encerra o debate.

Para o Sindicato, o momento exige responsabilidade institucional, transparência e rigor total nas investigações conduzidas pelos órgãos competentes. Qualquer movimento relacionado ao Banco Master deve permanecer suspenso até a conclusão dos processos em andamento. A categoria e a sociedade esperam verdade, responsabilização e proteção do BRB como patrimônio público do Distrito Federal.

Victor Queiroz
Colaboração para o Sindicato

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