Santander

23 de Maio de 2011 às 11:18

Sindicatos filiados à Fetec-CUT/CN revelam situação dos bancários do Santander

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Falar em Santander é falar em insatisfação. As reclamações referentes ao banco espanhol que atua no Brasil são constantes após a fusão com o banco Real. A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte – FETEC-CUT/CN realizou levantamento em sindicatos dos bancários filiados e observou que uma constatação é inegável, a insatisfação se mantém entre clientes e bancários.


Em Mato Grosso, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso apontou uma séria de denuncias acerca do ambiente de trabalho e a sobrecarga de serviço. Houve caso de clientes se reunirem em uma agência para reclamar sobre a demora no atendimento e o número reduzido de bancários. “Constatamos um estado de caos nas agências do Santander, observamos em visita que teve agências com más condições para a realização do trabalho em locais que quase não cabiam os clientes. Os bancários estão numa situação difícil para exercer suas atividades, estão sobrecarregados, sem falar que a fusão está sendo um processo difícil para os trabalhadores, falta informação, suporte e mais bancários”, observa o presidente do SEEB-MT, coordenador da COE Santander Fetec/CN, Arilson da Silva.


A situação em Brasília não é muito diferente. A secretária de imprensa do Sindicato dos Bancários de Brasília e bancária do Santander, Rosane Maria Alaby, destaca que a situação nos bancos do Santander está delicada, pois além do problema dos clientes que reclamam do atendimento demorado em função do novo sistema do banco, as metas se tornaram um pesadelo. “O banco estipula meta de um mês e passados 15 dias as cobranças começam. A pressão é muito intensa. Tem bancários que saem mais tarde do banco e ficam apreensivos quanto a violência, também. Tem gente que sai com a chave do cofre, o que é mais perigoso”.


A soma de uma série de fatores faz com que o ambiente de trabalho no banco Santander seja prejudicial até a saúde dos bancários que sofrem pressões diárias para o cumprimento de metas, participam de teleconferências com mais cobranças e quando a meta é alcançada, os bancários recebem metas de outras agências para cobrir. A insatisfação dos clientes sobre a demora no atendimento é reflexo do número de bancários reduzido nos bancos sem falar nas demissões que estão ocorrendo.


Os pedidos de demissão estão sendo realizados no Pará, de acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim. Segundo ela, as pressões estão tão intensas que os bancários já cogitam o pedido de demissão, quando já não o fizeram. “Esta rotina de sair tarde da noite das agências, ter que se adequar ao sistema em curto prazo e administrar a sobrecarga são as principais reclamações dos bancários daqui. Sem falar que no Amapá, o problema da segurança é evidente. Os assaltos que ocorreram por lá foram nas agências do Santander e o banco não prestou sequer atendimento aos bancários de imediato”, destaca.


Adaptação


A adaptação dos bancários do Real ao sistema do banco Santander estão entre os problemas apontados por bancários na hora de realizar os serviços. Como consequência da adaptação vem a demora no atendimento que resulta na reclamação do cliente. Tudo isso soma a uma pressão a mais ao trabalhador que está em uma nova fase em seu serviço e ainda tem que lidar com o cumprimento das metas.


O presidente do Sindicato de Dourados e Região MS, Raul Pedroso, observa que muitos bancários estão adoecendo em função das cobranças e reclamações. “Tivemos uma conversa com o Santander e a situação amenizou, mas nossa insegurança é que depois as pressões retornem. As cobranças e o número reduzido de funcionário resultam em malefícios aos bancários”.


Em Rondônia, os bancários que estão no Santander também encontram desafios para trabalhar. O secretário de saúde do Sindicato dos Bancários de Rondônia e bancário do Real Santander, Clemilson Farias, observa que a insatisfação é geral. “Todos estão perdidos por aqui, bancários, clientes do Real que passaram para o Santander. Há casos em que o atendimento demora até três horas, e quem sofre são os clientes e os bancários com esta situação”.  


São situações como estas descritas que se repetem em todos os sindicatos da Fetec/CN.

Ações


A Contraf-CUT, federações e sindicatos voltam a realizar uma reunião específica com o Santander para discutir as condições de trabalho nas agências na próxima segunda-feira, dia 23, das 14h às 16h30, em São Paulo. A negociação dará continuidade aos temas debatidos no dia 29 de março, sobretudo o caos provocado na vida de bancários e clientes pela mal conduzida integração tecnológica do Real no Santander.


As reivindicações que serão discutidas na reunião são contratação de funcionários, fim das demissões, fim das metas individuais, fim das metas para caixas, fim das metas para os funcionários da área operacional, fim das reuniões diárias para cobrança de metas nas agências, venda responsável de produtos financeiros, fim do desvio de função (coordenadores fazendo trabalho de caixa), fim do acordo de compensação de horas extras, realocação dos funcionários no fechamento de centros operacionais. 


Levantamento feito pelo site iG, os números de reclamações em São Paulo, estado com a maior quantidade de ocorrências, mostra que os registros contra o Santander este ano, até 14 de maio, subiram 58% na comparação com igual período de 2010. O banco espanhol também superou o Itaú Unibanco em número de reclamações, somando 795. 


Fonte: Fetec/Seeb MT

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