Por pressão dos sindicatos e dos dirigentes eleitos da Previ (entre eles o diretor de Seguridade José Ricardo Sasseron, que encabeça a Chapa 3-Competência e Mais Benefícios), teve nova rodada de negociação com o BB nesta segunda-feira 12 para discutir o uso do superávit da Previ na melhoria dos benefícios dos participantes. Nova rodada de negociação está marcada para o dia 6 de junho.
O BB disse que precisava de tempo para avaliar os impactos das propostas após a crise no mercado imobiliário norte-americano. Além disso, segundo o banco, sinalizações da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) sobre modificações no conceito de superávit e sua forma de distribuição obrigaram-no a aguardar para conhecer melhor a amplitude das alterações. Com isso, o banco ainda estaria fazendo estudos de precificação destas questões e não apresentou nenhuma resposta à proposta apresentada pelo movimento sindical na negociação de 27 de fevereiro.
"A Previ tem superávit de R$ 37 bilhões que podem ser usados em melhorias de benefícios. Vamos aumentar a pressão para que ele atenda nossas reivindicações, diz Eduardo Araújo, diretor do Sindicato e da Comissão de Empresa dos Funcionários.
As propostas apresentadas pelos dirigentes eleitos da Previ e pelos sindicatos são:
Reajuste extra de benefícios de aposentadoria e pensões de 8%, com patamar mínimo de R$ 500, garantindo-se a incorporação deste percentual para os futuros aposentados.
Redução da Parcela Previ do Plano Previ Futuro para os mesmos níveis da PP adotada para o Plano 1.
Aumento do patamar mínimo das pensões para 65% do valor dos benefícios, mais 15% por beneficiário.
Abono de um benefício para o ano de 2008.
Aposentadoria antecipada para as mulheres aos 45 anos.
Aumento do teto de contribuição e benefícios para 100% da remuneração.
Manter a suspensão de contribuições
Extinção do voto de Minerva e recuperação dos direitos do Corpo Social em aprovar alterações nos estatutos, regulamentos de planos e aprovação das contas, bem como o retorno das eleições para a Diretoria de Participações.
Condições de trabalho
Também foram cobradas pela CE-BB diversas questões relacionadas às condições de trabalho dos bancários, entre elas a criação do "caixa-volante" , iniciada em São Paulo. O banco disse que se trata de uma experiência, mas o movimento sindical já firmou posição, considerando a mudança absurda, por deixar o trabalhador sem saber qual o seu local de trabalho. Outros pontos foram abordados, como a extinção das horas-extras, o não pagamento de substituições e o problema de pessoas não certificadas no CPA 10 e 20.
A Contraf/CUT reivindicou também a imediata abertura de negociação sobre o Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS). O BB disse que não cogita discutir outro plano nesse momento. Foi cobrada ainda a imediata regularização do pagamento do vale-transporte, para o que o BB não apresentou resposta.
"Foi uma reunião que frustrou a representação dos trabalhadores, porque o banco não apresentou proposta em relação ao uso da reserva especial para a melhoria dos benefícios", lamenta Marcel. "Além disso, nas diversas questões ligadas a condições de trabalho, o BB não demonstra sensibilidade para atender as justas demandas dos trabalhadores", sustenta.
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