Em reunião realizada na terça-feira (14) com os diretores do BRB Jorge Alves (Gestão de Pessoas e Administração) e Américo Rodrigues (Tecnologia), o Sindicato voltou a cobrar melhorias no setor de Informática. Os dirigentes sindicais solicitaram que os gestores da instituição financeira busquem dados precisos sobre a Informática, uma vez que este setor, em função dos problemas que apresenta, gera angústia e insatisfação ao conjunto dos funcionários.

Os diretores informaram ao Sindicato uma série de ações já implementadas visando a mitigação dos problemas, os quais elencamos abaixo.

- Realização de novo concurso para contratação de mais analistas de TI;
- O banco está substituindo os terceirizados por funcionários concursados, e pretende intensificar essa política;
- O banco trocou todas as estações de trabalho da direção geral e da própria área de TI;
- Foi lançada licitação para troca de canais;
- O banco tem publicado, via intranet, todas as informações sobre os problemas ocorridos na Informática;
- O banco informou que trocará o ‘mainframe’ (computador de grande porte), pois detectou que se trata de necessidade premente para a melhoria definitiva do setor.
- O “GPW”, programa responsável pelo pagamento do GDF, foi sensivelmente melhorado, e nos últimos três meses não apresentou problemas;
- Está em curso uma modernização do ‘GCR’ para melhorar a análise de crédito;
- Em curso também ações visando a troca de estações de trabalho dos caixas e dos demais funcionários das agências;
- A diretoria de Tecnologia criou um portal com indicadores da TI, como forma de monitorar o andamento das diversas funções atribuídas ao setor e com o objetivo de identificar os problemas para buscar as soluções;
- A diretoria determinou que todas as mudanças no setor (maquinário, programas, entre outros) sejam realizadas aos finais de semana e fora da semana de pagamento do GDF, de forma que não tenham impacto em momentos de intensa atividade.
- O BRB criou uma caixa postal direta para o diretor de Tecnologia, denominada inovação, para que os funcionários da TI possam contribuir com sugestões. De acordo com o banco, as sugestões estão sendo implantadas na medida do possível.

Comitê de crise

Em resposta aos questionamentos do Sindicato, Américo Rodrigues (Tecnologia) voltou a enfatizar o funcionamento do comitê de crise para o enfrentamento de emergências.

O diretor de Tecnologia também lembrou o que o presidente do BRB, Jacques Pena, dissera por ocasião de sua visita ao Sindicato, após sua posse em fevereiro passado: “os problemas da Informática são os mais graves hoje no banco, e a diretoria tem plena consciência disso, mas eles só serão definitivamente resolvidos a médio e longo prazo, dentro de dois ou três anos”. Disse ainda que “estamos criando um mundo novo na Informática, atacando problemas pontuais, e nos preparando para soluções definitivas, após longos anos sem nenhum investimento no setor”.

O Sindicato considera importante as ações implementadas e programadas para a área de TI, pois considera o setor fundamental para a perenidade do banco, uma vez que dele depende, inclusive, as  agressivas ações visando a mitigação dos possíveis dissabores decorrentes da portabilidade, bem como aquelas que visam a captação de novos clientes.

Na reunião, o Sindicato ainda cobrou do banco mais efetividade na comunicação interna acerca da Informática, bem como de qualquer outro assunto de interesse dos funcionários. Na ocasião, o banco reconheceu as dificuldades e deficiências, e se comprometeu a criar mecanismos que tornem a comunicação melhor.

Ao final da reunião, o Sindicato cobrou dos dois diretores ‘um olhar mais cuidadoso para com o pessoal da área de TI’, e que deem atenção às reivindicações específicas daquele setor agora em nossa data-base, tais como a valorização do piso dos analistas e a retomada do valor originalmente proposto por ocasião da discussão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) no valor de R$ 5.771,00 e ainda a obrigatoriedade de se encarreirar na área de TI apenas os funcionários da área.

Os diretores Américo e Jorge disseram que observarão com cuidado as reivindicações.

Pelo Sindicato, participaram da reunião os diretores e funcionários do BRB Cristiano Severo, Antonio Eustáquio e Cida Sousa.

Regius

Na quarta-feira (15), o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, juntamente com a presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), Cláudia Ricaldoni, participaram de reunião com o diretor de análise técnica da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), José Roberto Ferreira. Eles discutiram as alterações propostas pela Regius no regulamento do plano que altera o cálculo do salário de benefícios dos futuros aposentados.

Na ocasião, Eustáquio e Cláudia enfatizaram o caráter antidemocrático e não mutualista das alterações propostas, e ainda o açodamento da Regius e do BRB em quererem a aprovação das alterações ainda neste mês de agosto.

O diretor da Previc afirmou que a urgência na resolução do déficit da Regius é uma exigência legal, e que o plano BD 01 não pode fechar o exercício sem o equacionamento, porém, disse que não há compromisso com o prazo de 31 de agosto. De acordo com José Roberto, o banco, em contato com a Previc, não apresentou essa referida data como limite, o que em certa medida tranquiliza os participantes.

O Sindicato e a Anapar enfatizaram também a necessidade do equacionamento do plano neste ano, porém, frisaram a necessidade de se corrigir os problemas estruturais do plano BD 01, problemas esses que não serão corrigidos com as alterações propostas.

Os dirigentes sindicais disseram ainda que solicitaram à Regius estudos sobre outras alternativas visando a correção definitiva dos problemas estruturais do plano, e que seria de extrema importância o estabelecimento de um  debate com os participantes para que se pudesse construir uma saída menos traumática, e que essa seja definitiva.

Diálogo

Após o debate, o diretor da Previc apontou a importância de se estabelecer um diálogo entre as partes – BRB, Regius, Anapar e Sindicato – em busca de uma solução. O Sindicato e a Anapar, através de seus dirigentes, concordaram com a proposição. A Anapar oficiará à Previc solicitando a referida reunião.

“Acreditamos que estamos no caminho certo. É fundamental estabelecer o diálogo para que os diversos atores envolvidos na discussão possam buscar uma saída efetiva e definitiva para os problemas do plano BD 01. Porém, isso pode ser feito sem açodamento, embora reconhecendo a necessidade de ter a solução o mais rápido possível”, diz Eustáquio.

Também participou da reunião na Previc o assessor da Funcef Luciano Fazio, ex-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na subseção do Sindicato dos Bancários de Brasília, na ocasião assessorando a Anapar.

Da Redação