O Sindicato se reuniu, na sexta-feira (30), com os diretores do BRB Jorge Alves (Dipes) e Américo Rodrigues (Informática) para tratar de assuntos que têm gerado preocupação nos funcionários do banco.
Sobre a Informática, o Sindicato foi alertado que estaria havendo uma pressão por parte da diretoria para que todos os gerentes do setor assinassem um documento para embasamento técnico da compra de um novo ‘mainframe’ para o banco. Este equipamento está em negociação com a IBM e o seu custo pode chegar a R$ 80 milhões.
Diversos gerentes da Informática afirmaram que não participaram de nenhum teste e/ou qualquer outro procedimento que os desse segurança quanto a assinar qualquer documento para esta empreitada do banco. Esta situação causou enorme desconforto nestes funcionários que questionaram a necessidade de sua assinatura, uma vez que não tinham como atestar a necessidade deste investimento.
Diante da cobrança veemente do Sindicato quanto a não assinatura por parte dos gerentes, o diretor Américo Rodrigues afirmou que não mais cobraria estas assinaturas. Disse ainda que verificaria se o documento ao qual ele se referiu como sendo necessário conter assinaturas de todos os setores da Informática poderia ser assinado somente por ele e pelos superintendentes de toda as áreas da Informática e que, caso fosse realmente imprescindível conter mais assinaturas, voltaria a conversar com o Sindicato.
“É importante atentar para a não assinatura de qualquer documento que seja, quando o funcionário não participou de nenhuma ação que o habilitasse para tal. Qualquer um que assinar estará tacitamente assumindo responsabilidade direta sobre os desdobramentos decorrentes do documento assinado, o que nesse caso é um investimento de R$ 80 milhões”, afirmou o secretário de Estudos Socioeconômicos do Sindicato, Cristiano Severo, que também e bancário do BRB.
Buscando preservar os funcionários do BRB, o Sindicato continuará acompanhando de perto todos os desdobramentos desta situação. O objetivo é evitar que os bancários sejam coagidos a assumirem responsabilidades sobre as quais não têm.
Metas abusivas para a Direção Geral
Na discussão com o diretor Jorge Alves, o Sindicato cobrou do banco a imediata retirada do programa de metas para o segundo semestre, da necessidade de abertura de contas correntes pelos funcionários da DG, ressaltado todas as alegações da impropriedade desta meta.
Cobrou também a extinção da meta de redução do uso de energia, o que tem provocado situações inusitadas, tais como o funcionamento de setores do Edifício Brasília com iluminação reduzidíssima e equipamentos de ar condicionado desligados mesmo com altas temperaturas, especialmente no período da tarde, situações que prejudicam o desenvolvimento das atividades e concorre para a deterioração das condições de trabalho.
O Sindicato ressaltou que campanhas de conscientização visando à redução de desperdício, até como mecanismo de preservação da natureza, são muito bem-vindas e necessárias, porém, colocar isso como meta é completamente fora de propósito.
O diretor Jorge Alves, após fazer as ponderações sobre o porquê destas metas, se comprometeu a levar o assunto para o Conselho Diretor, formado pelo presidente e os vices- presidentes, o mais breve possível, e dar retorno ao Sindicato.
“Embora sejamos contra metas de qualquer natureza, o Sindicato até compreende a adoção delas, desde que factíveis, mensuráveis e não abusivas”, conclui o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.
Também participaram da reunião a secretária-geral do Sindicato, Cida Sousa, e o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa, ambos bancários do BRB. Pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), participou o diretor André Nepomuceno, também bancário do BRB.
Da Redação