A direção do Banco do Brasil, além de lesar direitos dos seus funcionários, também tenta intimidar e calar o Sindicato com ameaça de ações judiciais. A direção do Sindicato repudia as investidas do banco nesse sentido e não se curvará a atos de censura que violenta o legítimo direito de expressão e manifestação e de defesa da categoria bancária.

O Banco do Brasil notificou extrajudicialmente o Sindicato (clique aqui para ler a notificação), alegando que as manifestações promovidas recentemente pela entidade ofendem o banco e seus administradores. A notificação menciona os atos realizados em frente à sede da instituição e a utilização de gaiolas, correntes e chicotes, dizendo que os gestores se sentem ridicularizados.

O banco invoca a proteção legal à honra e à imagem das pessoas físicas e jurídicas, alegando que é proibido empregar o nome da pessoa em representações que a exponham ao desprezo público.

Concluindo, a direção do BB notifica o Sindicato a se abster de atos que desabonem a reputação do banco e dos administradores, sob pena de serem adotadas medidas judiciais civis e criminais.

A origem de tudo é o fato de o Banco do Brasil estar descomissionando seus empregados em retaliação por terem entrado na Justiça com ações visando ao recebimento da 7ª e da 8ª horas.

Descomissionar o empregado significa reduzir a remuneração em 30%, 50% e às vezes 70%, com gravíssimas consequências que ultrapassam a vida do trabalhador e atingem toda a família.

Dessa forma, primeiro o Banco do Brasil violou ostensivamente a lei, impondo uma jornada de trabalho de 8 horas, desrespeitando a jornada legal de 6 horas dos bancários.

Não contente com essa lesão em massa contra os direitos dos seus empregados, o banco agora pune e maltrata aquelas pessoas que foram procurar a Justiça.

No momento em que o Sindicato vem à praça pública denunciar os atos ilegais de perseguição e retaliação, os administradores do BB querem também tentar intimidar e calar a entidade com ameaça de ações judiciais.

O Sindicato existe para confrontar os empregadores quando necessário, extraindo sua força da união dos trabalhadores, da coragem e da disposição de luta.  O Sindicato não vai se calar diante da injustiça e da ilegalidade e não há razoabilidade na exigência de que a entidade sindical não mencione nomes, quando necessário, sem ofensas e sem exposição ao desprezo público.

Os bancários que estão sendo punidos pela violência e pelo abuso do poder dos atuais administradores contam com a solidariedade de toda a categoria e de toda a classe trabalhadora.

Nas próximas manifestações, a gaiola, o chicote e as correntes serão complementados pela mordaça, em repúdio também a essa esdrúxula notificação.

O Sindicato exige antes de tudo respeito aos trabalhadores e trabalhadoras e aos familiares e dependentes que estão sendo atingidos pela vingança dos descomissionamentos.

Da Redação