Numa atitude autoritária e anti-sindical, que viola princípios básicos constitucionais, o chefe da Diretoria de Risco do Banco do Brasil, Renê Sanda, descomissionou esta semana três analistas que entraram com reclamação judicial pedindo a 7ª e a 8ª horas, ameaçando publicamente toda a equipe de adotar punição semelhante a quem ousar defender seus direitos trabalhistas.
É uma postura inadmissível de um gestor de um banco público de um governo popular e democrático. O Sindicato repudia essa atitude truculenta e tomará todas as medidas cabíveis para anular a decisão, critica Eduardo Araújo, diretor do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT).
Os três analistas entraram com a reclamação judicial na segunda-feira 12 de março pedindo o pagamento das horas extras e no dia seguinte comunicaram sua decisão ao diretor René. Comunicamos a ele por uma questão de transparência e de lealdade, já que estávamos apenas reivindicando um direito trabalhista, contam os três analistas.
Na quarta-feira, o diretor chamou os três funcionários, na presença do gerente executivo José Ricardo Forni, e comunicou que a partir da quinta-feira estariam descomissionados e que retornariam ao cargo de escriturário.
Apresentou os atos de descomissionamento assinados pelo Comitê Gestor, mas se recusou a entregar cópia aos funcionários punidos. Disse ainda que futuramente seriam avisados sobre suas novas dotações. Mas no mesmo dia, à tarde, foram informados pelo gerente de divisão da Diage que seriam lotados na Gerel, onde deveriam se apresentar na quinta-feira às 9h.
Na quinta de manhã, o diretor René reuniu todos os funcionários da Diris no 16º andar do Sede III para anunciar publicamente sua decisão. Disse que decidiu descomissionar os três analistas para evitar o risco de contaminação de sua equipe.
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