Diretoria de Tecnologia anunciou na sexta (26) processo seletivo para preenchimento de 80% das vagas  

A Diretoria de Tecnologia (Ditec) do Banco do Brasil divulgou na sexta-feira 26 de abril que fará processos seletivos para preenchimento de 80% das funções no setor, sendo que 20% delas serão ocupadas por livre provimento, sem nenhum critério, ou seja, por 'ato de gestão'.

Das vagas preenchidas por seleção, metade será de escolha do gestor e os funcionários selecionáveis serão os da própria gerência. A outra metade será ocupada através de processo seletivo, com provas e entrevistas.

“O processo seletivo representa uma conquista do funcionalismo e a luta continuará pela melhoria dos seus critérios e modelos e por sua ampliação para toda a empresa. O Banco do Brasil anunciou em mesa temática com o movimento sindical que todas as funções serão preenchidas via seleção. Estamos lutando para que esse compromisso saia do papel, inclusive na Ditec”, afirma a diretora do Sindicato Cinthia Damasceno.

O Sindicato defende que as avaliações objetivas para comissionamento ajudam a deixar claras as aptidões necessárias para o provimento de determinada vaga, além de evitar situações de assédio moral e favorecimento. Assim, o Sindicato se posiciona contrário à nomeação por ato de gestão, sem critérios. Para a entidade, na Ditec, uma área técnica, é necessário que existam critérios mínimos de preenchimento das funções.

"O livre provimento só favorece o clientelismo, o nepotismo e os atos antissindicais. No ano passado, dezenas de denúncias de colegas que estavam participando de processo seletivo chegaram ao Sindicato. Essas denúncias dão conta de que, enquanto a maioria dos funcionários da Ditec estava participando de processo seletivo com provas e entrevistas, outros foram nomeados sem participar de nenhum processo, sem critérios", relata Jeferson Meira, diretor do Sindicato.

Veja abaixo duas denúncias feitas no ano passado contra as nomeações por 'ato de gestão', recebidas pelo Sindicato:

"Trabalho na Ditec, utilizo praticamente toda minha jornada para entregar minhas demandas, literalmente carrego o piano. Participei do processo seletivo, fiz a prova e não fui selecionado. Vi outros funcionários que não fazem nada durante sua jornada, só ficam nas redes sociais, jogando na internet e passeando, serem nomeados por participarem de uma "lista" entregue ao diretor. Me falaram dessa lista, que para entrar eu precisava ser indicado politicamente ao diretor por um grupo que conseguia passar a lista ameaçando o colegiado. Gostaria que esse sindicato defendesse o fim das livre nomeações."

"Participei do processo seletivo e não fui nomeado. Vi funcionários serem nomeados na canetada, com menos tempo de banco e de tecnologia que eu, que nem do processo seletivo participaram. Achei muito injusto e estou desmotivado para cumprir minhas funções, já que funcis que trabalham muito menos que eu foram nomeados na caneta."

Da Redação