Na última quinta-feira (14) o Sindicato se reuniu com os funcionários do setor de Informática do BRB para discutir questões relacionadas ao banco, em especial aquelas vinculadas ao setor.
Na ocasião, o Sindicato deu informações sobre o andamento de ações que interessam ao conjunto dos funcionários do BRB, tais como a que busca alterar o divisor de horas extras, cujo resultado, se favorável, fará com que as horas extras feitas sejam remuneradas de forma mais justa; a de correção do FGTS, que busca alterar o índice de correção que incide sobre os depósitos deste fundo; e ainda a ação de cobrança das 7ª e 8ª horas prestadas indevidamente pelos ex-auxiliares administrativos.
Com relação aos assuntos diretamente relacionados ao setor de Informática, o Sindicato abordou a iniciativa do BRB de comprar um novo mainframe para o banco, em relação ao qual o Sindicato já externou sua posição: embora reconhecendo que é um investimento importante, o mesmo não precisa ser feito agora, com o açodamento que deseja o banco, em especial o diretor Américo. O Sindicato ressaltou mais uma vez que há informações repassadas pelo diretor que não se coadunam com o que efetivamente ocorre, qual seja, a necessidade de se comprar a IBM em função inclusive de a UNISYS não mais produzir tal ferramenta. Mais uma vez o Sindicato reafirmou que, face ao volumoso montante a ser investido nessa empreitada, o assunto deve ser melhor estudado e discutido.
Por fim, foi abordada a situação que no momento mais aflige os funcionários do setor: a iminente mudança de prédio. Entre os presentes na reunião houve unanimidade em reprovar a mudança. Todos afirmaram que o novo prédio, cujo contrato de aluguel já foi assinado, não reúne condições de abrigar todo o contingente de trabalhadores do setor. Ressaltaram ainda não haver transporte público no local nem estacionamento. E ainda que a saída de emergência do prédio é incompatível com o número de funcionários que deverão ser ali alocados, o que poderia causar uma tragédia em caso de sinistro. Outro fator destacado sobre o prédio refere-se à insegurança, pois, segundo os funcionários do setor, o local tem pouquíssimo movimento, e não se registra a presença ostensiva de policiamento.
O conjunto de funcionários foi unânime em solicitar ao presidente do banco que reveja esta decisão, face ao descontentamento gerado por esta possibilidade, visto que a mudança, caso realmente ocorra, trará mais transtorno a todos os trabalhadores do setor.
O Sindicato compreende a preocupação de todos quanto à possibilidade da mudança, cuja concretização pode estar próxima, visto que o contrato de aluguel já está assinado. Porém apela ao bom senso da diretoria do BRB, em especial ao presidente Paulo Evangelista e ao diretor Américo, que revejam esta situação, mesmo com o contrato assinado. O Sindicato volta a insistir que, provisoriamente, é melhor recuperar o atual prédio que abriga a Informática, uma vez que o prazo até a mudança para uma sede permanente é relativamente curto, segundo o próprio diretor Américo, o que torna este aluguel contraditório, pois o mesmo tem previsão de duração de cinco anos.
O Sindicato afirmou que procurará o presidente Paulo Evangelista para discutir uma solução.
Fato lamentável
Na contramão da iniciativa do vice-presidente Duda, que na quarta-feira (13), em visita ao Sindicato, afirmou que a iniciativa é o início de um novo patamar de relacionamento com o Sindicato; o diretor Américo, através do superintendente Aníbal, proibiu a entrada do fotógrafo do Sindicato para registrar a reunião (segundo relato de pessoas do setor).
O Sindicato repudia a atitude e exige explicações plausíveis. O Sindicato entende que a segurança deve ser sempre observada. Ocorre que se tratou de um evento entre funcionários do banco, cujo registro seria somente da reunião, e que as fotos ficariam em posse única e exclusiva do Sindicato.
A possível alegação de segurança para explicar a atitude antissindical dos gestores citados não se coaduna com o que ocorre na Informática, pois, caso fosse esta a preocupação, ninguém poderia entrar com equipamentos como celulares e/ou tablets, pois estariam colocando em risco a segurança do setor. Um fato que deveria sim preocupá-los refere-se à possibilidade de todos os trabalhadores do setor, inclusive de empresas terceirizadas, terem acesso a todos e-mails corporativos dos funcionários do banco, inclusive os da diretoria, e ainda dados da conta corrente de qualquer cliente, inclusive do governador do DF, Agnelo Queiroz. Isto sim deve ser olhado com cuidado em nome da segurança.
Da Redação