Banco BRB

18 de Novembro de 2025 às 18:33

Sindicato realiza ato no BRB após afastamento de Paulo Henrique da presidência e prisão de dono do Banco Master

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O Sindicato realizou, nesta terça-feira (18), ato em frente ao BRB no CNC e ao Edifício Brasília após a deflagração da Operação Compliance Zero pela Polícia Federal, que levou à prisão do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e ao afastamento do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e do diretor de Finanças e Controladoria, Dario Oswaldo Garcia Júnior.

Desde a primeira notícia sobre a intenção do BRB de adquirir o Banco Master por R$ 2 bilhões, ainda em março, o Sindicato tem alertado para os riscos da operação, que levantou preocupação no mercado financeiro, na imprensa e entre especialistas. O próprio Banco Central rejeitou a compra em setembro, reforçando as dúvidas já existentes sobre a solidez e a regularidade das operações do Master.

A deflagração da operação da PF confirma, na prática, o que o Sindicato denunciava desde o início: a tentativa de compra colocava o patrimônio público e os trabalhadores em risco. A investigação aponta que instituições financeiras operavam com títulos de crédito falsos, simulando empréstimos e negociando carteiras fraudulentas com outros bancos. Após o BC aprovar a contabilidade, esses créditos eram substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. O Banco Master é o principal alvo das apurações.

Durante o ato, dirigentes sindicais reforçaram que o momento vivido pelo BRB é histórico e resultado direto da pressão e vigilância permanente da categoria. Para a diretora do Sindicato Samantha Sousa, o afastamento do presidente e a prisão do dirigente do Master representam um divisor de águas. Segundo ela, “o que estamos vendo hoje é um momento histórico, fruto da resistência dos trabalhadores e do trabalho incansável do Sindicato. Era preciso que toda essa verdade viesse à tona”.

O diretor do Sindicato Cristiano Severo destacou que os empregados já demonstravam preocupação com a operação desde o início, alertando para inconsistências e riscos envolvidos na relação com o Banco Master. Ele lembrou que “os trabalhadores que avaliavam as operações já apontavam, com coragem, problemas, fragilidades e a falta de transparência. Nada disso surgiu de surpresa. A categoria vinha denunciando”.

O dirigente sindical Ronaldo Lustosa reforçou que o Sindicato atuou em várias frentes para impedir a compra temerária e alertar a sociedade. Ronaldo lembrou das idas ao Congresso, aos órgãos reguladores e das mobilizações realizadas ao longo do ano. “Estivemos na Câmara dos Deputados defendendo o BRB, fizemos protestos aqui na frente do banco, levamos denúncias ao Ministério Público e ao Banco Central. Hoje, finalmente, as autoridades tomaram uma atitude concreta. O que acontece agora é resultado direto da luta de toda a categoria”.

O Sindicato cobrou que todas as negociações relacionadas ao Banco Master sejam totalmente esclarecidas à sociedade e que nenhuma movimentação financeira seja realizada até a conclusão das investigações. Também defendeu a proteção dos trabalhadores do BRB, que não podem pagar o preço por decisões políticas e administrativas tomadas sem debate com a categoria.

A mobilização desta terça-feira marca mais um capítulo da atuação firme do Sindicato em defesa do BRB como patrimônio público e referência para a população do Distrito Federal. O Sindicato seguirá acompanhando o desdobramento da operação e continuará cobrando apuração rigorosa, responsabilização e um modelo de gestão comprometido com o interesse social.

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