![]() | A diretoria do Sindicato reuniu-se na última segunda-feira 4 de junho com o presidente interino do |

A diretoria do Sindicato reuniu-se na última segunda-feira 4 de junho com o presidente interino do BRB, Laécio Barros Júnior, para discutir assuntos de interesse do funcionalismo, entre os quais o considerado prioritário e no qual o Sindicato se deteve na maior parte da reunião: a PLR do segundo semestre de 2006.
Em resposta, o presidente interino reconheceu a legitimidade do direito dos funcionários em receber a PLR, mas argumentou que, após minuciosa avaliação jurídica e contábil do banco, não encontrou forma para realizar o pagamento.
Resgatando a história
O BRB, no exercício de 2006, apresentou lucro líquido de R$ 89 milhões, sendo R$ 58 milhões somente no segundo semestre, o que, pelo acordo coletivo, daria uma participação nos lucros de 18% de forma linear resultando em um valor superior a R$ 4 mil por funcionário.
A diretoria anterior do banco, que se desligou em abril passado, realizou, como último ato de sua desastrosa gestão, artifício contábil - previsto em normativas do Banco Central - para provisionar todo o lucro da instituição em face de uma necessidade determinada pelo próprio BC, resultante do não recolhimento de tributos ainda da década de 90 - situação essa sub judice.
Passa-se a impressão de que o lucro foi produzido no tamanho necessário à provisão que o BRB teve que fazer, colocando sob suspeição o próprio resultado do banco naquele ano, afirma o diretor do Sindicato João Batista Machado.
Essa situação era conhecida da diretoria do banco desde setembro de 2006, mas como era de praxe dela a prática do desrespeito e do descaso para com os funcionários, em que pese os inúmeros boatos que circularam desde dezembro, o ex-presidente Tarcísio Franklin somente se pronunciou oficialmente a respeito do assunto no dia em que o BRB tornou público o seu balanço referente a 2006, denuncia o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio Ribeiro. Isso evidencia no mínimo uma atitude rasteira.
Gestão Arruda lava as mãos
Tão logo o presidente-relâmpago Roberto Figueiredo tomou posse, o Sindicato o procurou para cobrar uma posição diante da aberração perpetrada pela gestão anterior, ao que ele se demonstrou sensível e para o que se empenharia em procurar uma solução.
Porém, a Polícia Federal colocou uma rocha no caminho dele e, após ser preso, se viu fora da presidência do BRB, trazendo a discussão agora para o atual presidente, que não é definitivo, o que de certa forma contribui para deixá-lo inseguro em relações a certas decisões.
O que se vê diante disso é que o senhor Arruda, no que se refere ao BRB, provocou um clássico estelionato eleitoral, pois em carta e ao vivo em reunião com os funcionários na Legião da Boa Vontade (LBV) disse da importância do banco e da necessidade de valorização do corpo funcional, diz o diretor do Sindicato André Nepomuceno.
Mas, até agora, a gestão Arruda no BRB está impregnada de atos que desrespeitam e diminuem a auto-estima dos funcionários, haja vista fatos como a suspensão de contratações de novos funcionários e a nomeação de um presidente quadrilheiro e de três diretores enrolados em inúmeros processos judiciais. Além do mais grave, que é o descumprimento de acordo coletivo ao não pagar um líquido direito dos funcionários: a PLR do segundo semestre de 2006.
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