Os diretores do Sindicato Wadson Boaventura (de vermelho) e Eduardo Araújo usam mordaça em protesto na entrada do Sede I

Em vez de discurso, o silêncio. Em ato na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul, realizado nesta segunda-feira 5, diretores do Sindicato se amordaçaram num protesto contra a tentativa do Banco do Brasil de intimidar e calar a entidade com ameaças de ações judiciais, violentando o seu legítimo direito de expressão e manifestação em defesa dos bancários.   

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Durante a atividade, os dirigentes sindicais percorreram os arredores do Sede I e Sede III arrastando a mesma jaula (com os mesmos dizeres) utilizada na manifestação promovida pelo Sindicato no dia 11 de outubro para denunciar os descomissionamentos praticados pelo BB contra os empregados que entraram na Justiça com ações de 7ª e da 8ª horas – um dos protestos, aliás, que motivaram a direção do banco a notificar extrajudicialmente o Sindicato na semana passada para tentar censurá-lo sob a alegação de que ofendem a instituição e seus administradores.

A direção do BB invoca a proteção legal à honra e à imagem das pessoas físicas e jurídicas, afirmando que é proibido empregar o nome da pessoa em representações que a exponham ao desprezo público. Clique aqui para ler a notificação.

A atividade foi uma clara demonstração à direção do Banco do Brasil de que o Sindicato não vai ceder às ameaças da empresa e continuará denunciando as ações arbitrárias que tentam passar por cima dos direitos dos bancários. A entidade seguirá tomando as devidas providências quanto aos descomissionamentos utilizados como retaliação aos funcionários que estão pleiteando na Justiça o ressarcimento das 7ª e 8ª horas trabalhadas indevidamente. Outros episódios de pressão e de práticas antissindicais também serão apurados, a exemplo dos casos de cancelamento de férias daqueles que participaram da greve.

Da Redação