Da esquerda para a direita: o diretor de Gestão de Pessoas e Administração do BRB, Tércio Marcus de Souza, o presidente interino do BRB, Alair Martins Vargas, e os diretores do Sindicato Cristiano Severo e Cida Sousa

O Sindicato se reuniu com o presidente interino do BRB, Alair Martins Vargas, na manhã desta segunda-feira (16) para discutir uma forma de compensação para os funcionários diante da operação de compra de títulos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), que impactará nos lucros da empresa.

O Sindicato reivindicou um abono para os funcionários do banco e/ou alguma outra forma de compensação financeira. “Esperamos que o banco avalie uma maneira de recompensar os bancários que se empenharam com grande esforço para garantir um bom resultado. Não é justo que os empregados sejam prejudicados”, afirma a diretora do Sindicato Cida Sousa.

A atual diretoria se comprometeu em repassar as reivindicações para a nova direção do banco, que avaliará a possibilidade de uma compensação. Os próximos dirigentes do BRB devem tomar posse em fevereiro. O banco também informou que antes de qualquer decisão é necessário que primeiro seja divulgado o balanço do BRB, previsto para março.

“Sabemos que toda essa situação da compra dos títulos não ocorreu na gestão da atual diretoria, mas os funcionários trabalharam comprometidos para atingir as metas e estão incomodados com a ideia de arcar com o ônus e não receber a PLR por causa de uma operação indevida que não coadunaram”, frisa o diretor Sindicato Cristiano Severo.

Ainda durante a reunião, a diretoria do banco informou que além da necessidade da avaliação da nova diretoria do BRB, o Conselho de Administração (Consad) também precisa autorizar o abono para os funcionários. O banco explicou também que os títulos do FCVS, que o BRB comprou de uma pessoa física, não têm valor de mercado e o banco está tentando reverter a situação.

PLR

A notícia do não pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) chegou oficialmente para os funcionários do banco na semana passada. Durante a reunião realizada no último dia 12, representantes do BRB informaram aos gerentes gerais das agências que o prejuízo com a compra de títulos do FCVS pelo banco impactará em seus lucros. Em consequência, os funcionários não receberão a PLR.

A compra dos títulos do FCVS foi feita na gestão anterior, do presidente Ricardo Vieira, em novembro de 2009, dias antes da abertura da operação Caixa de Pandora. Atualmente, a transação está avaliada em torno de R$ 134 milhões e esse valor deve ser provisionado nas contas do banco, seguindo as regras do Banco Central.

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília