
Da esquerda para a direita: Eduardo Araújo, diretor do Sindicato e da Contraf/CUT, o advogado do Sindicato Eymard Loguercio, e o procurador do Trabalho Sebastião Caixeta
O Sindicato voltou a se reunir com o Ministério Público do Trabalho (MPT) na segunda-feira 18 para discutir a terceirização no Banco do Brasil, após o pacote de reestruturação implantado em 2007. A medida reduziu drasticamente o número de caixas em todo o país. Participaram da audiência o diretor do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) Eduardo Araújo, o advogado do Sindicato Eymard Loguercio e o procurador do Trabalho Sebastião Vieira Caixeta.
O MPT deu prazo de 30 dias, contados a partir da segunda-feira 18, para que o Sindicato junte novos documentos. Após esse período, o MPT instituirá ação cível pública que requer a extinção do processo de terceirização através do contrato firmado entre o BB e a empresa Cobra.
Ao contrário da Caixa Econômica, que assinou Termo de Ajuste de Conduta (TAC) se comprometendo a extinguir 9.229 postos de serviço atualmente terceirizados, o BB se recusa a substituir os funcionários terceirizados por concursados.
Outra ação
No dia 29 de julho, integrantes do MPT se reuniram com representantes do Banco do Brasil para discutir a elaboração de um acordo acerca da terceirização realizada pela instituição bancária.
O objeto da reunião foi uma ação civil pública ajuizada pela procuradora do Trabalho Eliane Lucina que requer a substituição de 1.200 terceirizados do serviço de call-center por servidores concursados. As propostas feitas pelo MPT foram negadas pelos representantes do banco.
Sindicato e Contraf/CUT denunciam terceirização ao MPT
Em 14 de maio do ano passado, a Contraf/CUT, o Sindicato e a Comissão de Empresa dos Funcionários tiveram audiência no MPT para discutir a denúncia que encaminharam sobre o pacote do BB e o processo de terceirização através do contrato firmado entre o banco e a Cobra. A reunião foi com o procurador Fábio Leal, da 10ª Região.
Os dirigentes sindicais apresentaram mais elementos que comprovam o avanço da terceirização no BB e os efeitos diretos no número de trabalhadores da empresa, como também na organização do trabalho nas unidades. Naquela época, o primeiro impacto foi a extinção de 4.284 postos de caixas executivos.
As informações apresentadas ao MPT demonstraram que, na prática, o BB implementou um processo de interposição ilegal de mão-de-obra. Como o pacote acelerou a substituição de funcionários por terceirizados, o Sindicato, a Contraf/CUT e a Comissão de Empresa solicitaram celeridade nas providências a serem adotadas pelo MPT.
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