

O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo (primeiro da esq. para a dir.), na reunião desta quarta-feira
A primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Requalificação e Realocação Profissional, realizada nesta quarta-feira (18) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, delimitou as expectativas dos dois lados que participarão do debate e adaptou o calendário das próximas reuniões diante da nova conjuntura nacional.
A instalação do GT foi conquistada durante a Campanha Nacional 2016, que tinha como uma das suas principais bandeiras a defesa do emprego. Formado por representantes dos bancários e da Fenaban, o grupo vai discutir critérios para a construção de centros de requalificação e realocação de empregados, com o objetivo de aprimoramento técnico, conforme cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2018.
A meta é mitigar os impactos da adoção pelos bancos das novas tecnologias e evitar que gere desemprego na categoria. É a primeira vez que o movimento sindical vai poder dar as suas sugestões para que os bancos simplesmente não descartem pessoas, mas que ofereçam uma oportunidade de manutenção de emprego para trabalhadores e trabalhadoras.
“Precisamos compreender a dinâmica de atuação de cada um dos bancos nesse assunto e suas particularidades para avaliamos as melhores proposições que vamos defender como base”, sustenta o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, que participou da reunião.
A próxima reunião do GT será realizada no dia 8 de fevereiro. Para o encontro, os bancos se comprometeram a enviar, até 1 de fevereiro, as políticas que estão adotando para requalificar os trabalhadores para que eles possam trabalhar nesse novo ambiente tecnológico e organizacional. O Comando Nacional vai estudar cada caso e fazer as propostas. A avaliação é de que, se não for feita uma intervenção propositiva, a categoria corre o risco de vivenciar um processo drástico de demissões. Assim, o movimento sindical vai propor medidas que estejam dentro de uma maneira de atuar comum a todos os bancos.
Cobranças
O Comando Nacional do Bancários aproveitou a reunião para cobrar da Fenaban o cumprimento da ampliação da licença-paternidade de 5 para 20 dias e o pagamento do vale-cultura.
Conquista da Campanha Nacional 2016, a ampliação da licença-paternidade está prevista na cláusula 26 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Ela está atrelada à renovação pelo governo federal do programa Empresa Cidadã. Porém, os sindicatos de todo o país têm recebido denúncias de bancários de que esse direito não estaria sendo respeitado por algumas instituições financeiras sob a alegação de que o governo federal não teria estabelecido o benefício fiscal.
Vale-cultura
O programa vale-cultura também está com problemas, apesar da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), no dia 14 de dezembro pelo Congresso Nacional, prevendo os recursos necessários à renúncia de receita decorrente da prorrogação do benefício, que destina R$ 50 mensais a trabalhadores para a aquisição de bens e produtos culturais.
Da Redação com informações da Contraf-CUT
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