O Sindicato realizou, na manhã desta quarta-feira (3), em frente ao prédio da CNC, ato em defesa do BRB, para reafirmar a posição da categoria diante dos ataques que o banco tem sofrido, inclusive com campanhas do mercado financeiro que tentam desacreditar a instituição.
O BRB é um banco público de fomento. Seus funcionários têm papel fundamental na história que deu solidez à instituição, com atuação essencial na sua defesa desde a fundação.
Com a chegada de Ibaneis Rocha ao governo de Brasília e de Pedro Henrique à presidência do banco, as investidas aumentaram. Uma série de ações foi executada para enfraquecer o BRB, como o fatiamento de setores importantes, o aumento das somas em patrocínio e publicidade, a rejeição dos relatórios enviados ao Banco Central e, nos últimos dias, depois de tentarem comprar o Banco Master e serem impedidos pelo BC, devido à mobilização feita pelo Sindicato, descobriu-se uma transação bilionária em repasses ao grupo Master, uma ação que entregaria o banco a um grupo que foi alvo da Operação Compliance Zero, que levou ao afastamento do ex-presidente e à prisão de Daniel Vorcaro, dono do Master.
O ato contou com expressiva participação de funcionários do BRB e da diretoria do Sindicato, que reafirmaram a defesa do banco. Um funcionário do BRB destacou que “defendemos a perenidade da instituição, mas para toda a população do DF. A mobilização é em defesa de um banco público, que é mais do que um banco privado, que apenas busca lucro”. Essa foi a tônica da manifestação.
Os ataques que o BRB está sofrendo das financeiras e bancos privados constituem uma articulação contra o banco público. “A defesa do BRB como patrimônio do povo de Brasília é uma luta da qual o Sindicato não abre mão. Denunciamos que os agentes do mercado financeiro buscam criar um caos e medo nos clientes e na população”, disse o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa.
O ato pacífico e legítimo teve grande importância para a defesa do banco. “O BRB é muito mais do que um governo de plantão ou os dirigentes que passam”, destacou Cristiano Severo, diretor do Sindicato.
A busca pela identificação dos responsáveis pela transação com o Banco Master exige uma auditoria, para que os que causaram prejuízos bilionários ao banco sejam identificados e possam ser responsabilizados. Para Robson Neri, diretor do Sindicato, “a alta administração precisa responder pela transação com o Master”. Também foi lembrada a postura de inúmeros deputados distritais que tentaram respaldar a transação que representaria um duro ataque ao banco. “Os distritais aprovaram, a toque de caixa, a transação”, lembrou o diretor Sindicato José Wilson.
“Não podemos aceitar que nenhum criminoso fique impune, tirando dinheiro de pobre e entregando para rico ficar mais rico”, denunciou o diretor do Sindicato Rafael Guimarães. Também foi destacada, durante o ato, a necessidade de valorização dos bancários. “A valorização das pessoas começa com respeito, sem assédio moral, que foi imposto pelo ex-presidente como método de gestão”, defendeu a diretora do Sindicato Samantha Nascimento. “A política do governo Ibaneis Rocha/Celina Leão é contra os trabalhadores e privatista”, denunciou o dirigente sindical Ricardo Machado.
'Defender o BRB é a luta mais importante hoje no DF'
Presente durante toda a manifestação, o deputado distrital Gabriel Magno (PT-DF) parabenizou o Sindicato pela luta fundamental em defesa do BRB, que conseguiu impedir o golpe para entregar o banco aos que estão respondendo por crimes, o maior caso de corrupção na história do DF. “O papel do Banco Central foi não apenas vetar o golpe, mas precisa recuperar os recursos desviados”, disse o parlamentar.
Magno defendeu a instalação da CPI do Banco Master na Câmara Legislativa do DF, que possibilitará “conhecer as informações e responsabilizar os que atacaram o BRB com a operação criminosa do Banco Master”. O deputado perguntou: “Por que Ibaneis e Celina queriam tanto comprar o Master? Quais eram seus interesses? Por que calaram depois da descoberta do ato criminoso? A população de Brasília tem direito a saber”.
No final da atividade, todos se dirigiram ao pátio central, no térreo do banco, e soltaram balões brancos e azuis, gritando em uníssono a palavra de ordem: “Banco de Brasília! Banco de Brasília! Banco de Brasília!”.
A camisa, onde se lia “Eu sou + BRB! Sempre BRB!”, foi vestida por todos os participantes do ato, reafirmando a defesa da instituição, patrimônio do povo de Brasília.
Pedro César Batista
Colaboração para o Sindicato
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