Banco do Brasil

17 de Abril de 2008 às 08:18

Sindicato lança em Brasília a campanha Acorda BB

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Sindicato lança a campanha Banco para o Brasil Acorda Diretoria!, que vai lutar por mais funcionários, menos filas, fim da terceirização e redução das tarifas e dos juros

O presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, fala durante o evento; à direita, o presidente da CUT, Arthur Henrique

Com grande ato no início da tarde desta quarta-feira, no Setor Bancário Sul, o Sindicato lançou a campanha nacional Banco para o Brasil Acorda Diretoria! Em Brasília, os bancários reivindicam respeito à jornada, fim das terceirizações e da lateralidade, prorrogação do concurso de 2006, e revisão das dotações. Ficou definido que toda quarta-feira será dia de protestos para os trabalhadores do BB.

A deputada distrital Érika Kokay, e o presidente da Contraf, Vagner Freitas

“Vamos intensificar as atividades durante o mês de abril para esquentar a campanha, porque agora é hora de darmos um fim às péssimas condições de trabalho e lutarmos por um Banco do Brasil com mais compromisso com a sociedade brasileira”, ressalta Rodrigo Britto, presidente do Sindicato e funcionário do BB.

Ao lançar o primeiro ato da campanha nacional na capital federal, Britto fez um contraponto às comemorações pelos 200 anos do Banco do Brasil. "Temos orgulho de trabalhar no maior banco do país, mas temos vergonha desse Conselho Diretor que não valoriza o funcionalismo e ainda adota medidas que prejudicam o dia-a-dia e a saúde dos bancários. É preciso inverter essa lógica. Antes de comemorar o bicentenário do banco, o Conselho Diretor deveria aumentar o número de funcionários, o que poderia ser feito de imediato com a prorrogação do concurso de 2006", criticou.

O presidente do Sindicato fez um resumo dos principais problemas enfrentados pelos bancários e exigiu da direção do Banco do Brasil o fim das terceirizações e da lateralidade, revisão das dotações e respeito à jornada de trabalho. "Para alcançarmos êxito é preciso mobilização de todos os funcionários, dos edifícios e das agências".

De acordo com Rodrigo Britto, o Conselho Diretor precisa resolver essas pendências com o funcionalismo até o fim do primeiro semestre, antes de setembro, data-base da categoria. "Ou a direção atende nossas reivindicações, ou partiremos para a greve", alerta.    

Terceirizações

O presidente disse ainda que o ideal é que o Banco do Brasil acabe com as terceirizações, porém, enquanto não forem convocados novos concursados, é preciso melhorar os salários e as condições desses trabalhadores. "Os funcionários da Probank, por exemplo, são obrigados a ficar de roupa íntima para facilitar a revista dos seguranças e usam uniformes que lembram presidiários", informa.  

Atores caracterizados satirizam a diretoria do BB; ao lado, o diretor do Sindicato Márcio Teixeira em sessão gratuita de massagem, que foi oferecida aos bancários

Mobilização até à noite

A mobilização prosseguiu por toda a tarde e início da noite. Ao término das manifestações, os bancários foram homenageados em tributo musical com a apresentação de Joe, Kiko Perez e banda. 

O diretor do Sindicato Eduardo Araújo durante momento de descontração com "o fantasma" das altas tarifas e taxas de juros. Na sequência, a diretora do Sindicato Cinthia Damasceno "veste a camisa" da campanha

Os presidentes da CUT, Arthur Henrique, e da Contraf, Vagner Freitas, a deputada distrital Érika Kokay, além do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Distrito Federal, Djalma Ferreira, estiveram no Setor Bancário Sul, palco dos protestos, onde manifestaram seu apoio aos bancários e criticaram a postura da direção do Banco do Brasil na condução de uma política de gestão que segue na contramão dos interesses dos funcionalismo.

“Pelas demandas que temos dos funcionários [do BB], não dá mais para esperar setembro chegar”, resumiu Kokay, numa alusão à campanha nacional dos bancários, cuja data-base é 1º de setembro. “O BB afiou os dentes para minar a dignidade dos seus funcionários”, advertiu a deputada.

Para ela, cabe aos bancários o papel de impedir que o BB seja vítima do processo que vigorou durante o governo FHC, que, segundo ela, ainda encontra respaldo em setores conservadores da diretoria do banco e se manifesta, por exemplo, na forma autoritária como são impostas as metas fora da realidade que os bancários são obrigados a cumprir. “Precisamos de um banco para o Brasil”.

Vagner Freitas destacou a importância da luta conjunta de todos os trabalhadores do Ramo Financeiro, num esforço de unidade entre todas as categorias como estratégia para o enfrentamento com os patrões. “Tanto que a campanha salarial deste ano não vai ser apenas dos bancários. O objetivo é colocar todos os trabalhadores, não importando a matiz política, de um lado da mesa”, adiantou Freitas.

Segundo o presidente da Contraf/CUT, essa unidade também vale para a campanha lançada pelos bancários do BB. “Vamos lutar contra essa política excludente do Banco do Brasil”.

Já o presidente da CUT, Arthur Henrique, classificou a campanha dos bancários do BB como de toda a sociedade e dos outros trabalhadores, uma vez que somente dessa maneira “poderemos mudar o banco” e ele atender aos anseios da população. “Isso é necessário num momento em que se discute a necessidade de um BB público, de fomento”, acrescentou. 
 
A campanha

Lançada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) em março, a campanha também tem o objetivo de garantir o pagamento das substituições de comissionados, mais contratações, mais vagas para caixas-executivos e o fim do assédio moral e das metas abusivas.

Uma superestrutura foi montada pelo Sindicato para a realização do evento. No SBS, além do aparato de som e distribuição de faixas de protesto pelos arredores, foram montadas duas tendas: uma de saúde, onde bancários e a comunidade em geral podiam receber massagem expressa gratuitamente, e outra onde era servido um almoço tropical – de salada de frutas, numa sátira do Sindicato às bananas, pepinos e abacaxis que o BB tem “servido” aos bancários da instituição. O Sindicato espalhou ainda 15 outdoors com o tema da campanha em pontos estratégicos de Brasília e das cidades-satélite. Também foram produzidos cartazes, adesivos e camisetas.

Consulta aos bancários

O Sindicato continua aplicando pesquisa para os funcionários do BB. “A consulta aborda questões como substituições, horas-extras, assédio moral, saúde e condições de trabalho. O questionário foi elaborado a partir das denúncias dos próprios bancários e o modelo estará disponível no site do Sindicato para download”, afirma Eduardo Araújo, diretor do Sindicato.

Acessar o site da CONTRAF
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