Santander

12 de Março de 2013 às 17:54

Sindicato fiscaliza condições de trabalho no Santander e cobra mais contratações

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O Sindicato está percorrendo as agências do Santander para verificar as unidades que estão funcionando sem o número mínimo de funcionários. A situação em diversas unidades revela um verdadeiro caos, com agências funcionando sem caixas, gerentes e gerentes-gerais. Além disso, a pressão para o cumprimento de metas está cada vez maior, gerando tensão e causando adoecimento dos funcionários.

O Santander demitiu em massa em 2012 e não contratou novos bancários. Foram desligados 1.128 trabalhadores só no terceiro trimestre do ano passado no Brasil, segundo dados do Dieese. Em dezembro, o número foi ainda mais alarmante, com 1.302 funcionários demitidos. A sensação de medo de perder o emprego, a diminuição de funcionários e o aumento do volume de trabalho formam um conjunto de fatores que provocam estresse e afetam a saúde dos bancários.

“Várias agências estão com bancários licenciados por motivo de saúde e outros tantos foram demitidos, e não há novas contratações. Essa situação resulta em muito desgaste para funcionários e clientes, pois gera sobrecarga de trabalho e tem reflexos na qualidade do atendimento. Mais contratações é fundamental para resolver esse problema”, destaca Rosane Alaby, secretária de Imprensa do Sindicato e funcionária do Santander.

Na última negociação com o banco, ocorrida no dia 27 de fevereiro, os representantes dos trabalhadores cobraram mais contratações em todo o país. Outras reivindicações foram discutidas no encontro. Veja aqui.
 
Metas abusivas

Como se não bastasse o número insuficiente de funcionários, o excesso de metas e a pressão diária para os que continuam na empresa estão deixando os bancários estressados diariamente e muito suscetíveis a práticas de assédio moral.

A política de gestão do Santander cobra o cumprimento de 40% das metas já na primeira semana do mês e mais 30% na segunda semana.

“Os bancários não têm o mínimo de tranquilidade para cumprir as metas que já são abusivas. O banco tem que valorizar os funcionários ao invés de orientar os gestores a fazerem reuniões diárias para pressionar os funcionários”, completa Rosane.

O Sindicato também está atento ao novo modelo de agência que será inaugurado pela instituição em abril. A Agência Select atenderá o público de investidores com renda a partir de R$ 10 mil. Para atender os “clientes vips”, o banco está retirando funcionários e gerentes de outras agências sem substituí-los.  

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília

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