Nesta quinta, 25, o Sindicato re reúne novamente com a comissão de negociação do BRB, onde se espera que o banco apresente respostas definitivas sobre os pontos apresentados ainda em 11 de fevereiro, que são:

1 – Concessão de abono: o banco divulgou, na tarde desta terça (23), a concessão de abono no valor de R$ 1.250 fruto de negociação com o Sindicato, e uma das pendências da Campanha Salarial de 2009, como compensação pelo resultado excepcional do BRB no ano passado, especialmente no segundo semestre. O lucro líquido, segundo informações prévias, será próximo de R$ 110 milhões e é fruto do trabalho árduo dos funcionários do banco. O valor reivindicado pelo Sindicato foi de R$ 2.000 e, embora considere positiva a decisão da diretoria do banco, julga este valor insuficiente face ao reivindicado e ao resultado obtido pelo BRB. Por isso, insiste no aumento deste valor. O Sindicato questiona ainda a demora em publicar o balanço, cujo resultado já tem sido fartamente comentado dentro do BRB.

2 – Gerentes de negócio dos níveis 2 ao 5 - Solução para a situação desses gerentes, que tiveram valores de remuneração no PCS, implantado em julho de 2009, não pautados pelo parâmetro geral de incorporação de 65% do antigo PPR.

3 – Jornada de trabalho de 6 horas - Adequação da  dos cargos eminentemente técnicos (tais como auxiliar administrativo, asneg etc) para 6 horas diárias. Estes cargos não se configuram de confiança e com poder de gestão. Por esse motivo, a própria justiça do trabalho tem entendido que a jornada deve ser de 6 horas, em ações impetradas pelo Sindicato.

4 – Financiamento do BRB Saúde - Participação de representante do Sindicato e da AFABRB na comissão que discute um novo modelo de financiamento do BRB Saúde, uma vez que informações preliminares apontam para a possibilidade de aumento nas contribuições dos associados.

5 – Cursos disponibilizados pelo banco via empresa de consultoria de recursos humanos (Catho) - O Sindicato reivindicou que esses cursos sejam ministrados em horário de trabalho ou fora de expediente com remuneração de horas extras, conforme inscrito no acordo coletivo.

E o diretor de mercado?

O atual diretor de mercado do BRB, Francisco Soares Pereira, citado na denúncia do MPF e em diversas matérias da imprensa local e nacional como partícipe da tentativa de suborno ao jornalista Edson “Sombra”, que culminou na prisão do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido – DF), até o presente momento se mantém intacto no BRB.

O Sindicato insiste em cobrar esclarecimentos e providências para investigação de eventual desvio de conduta. É de se estranhar até o momento a ausência de manifestação da direção do BRB, cujo rigor para com os funcionários, muitas vezes, tem sido extremo, com um alto número de PAD’s sendo abertos para apurar supostas irregularidades de muito menor gravidade e sem atingir a imagem do banco.

"O Sindicato continua atento a quaisquer evidências de envolvimento em irregularidades e cobrando da direção do banco a responsabilidade com a instituição pública, especialmente nesse momento de grave crise política do GDF que nesta terça contou com mais um episódio: a renúncia do governador em exercício Paulo Octávio. "Mesmo traumática, a crise deve ser enfrentada. Os envolvidos devem ser investigados e responsabilizados até as últimas instâncias, em respeito à cidade e à população e pela moralidade pública. É a convicção do Sindicato", afirma Cida Sousa, diretora do Sindicato.