A reestruturação das empresas BRB Seguros e BRB Cartão já foi finalizada, o que resultou na criação da Nova Cartão, proprietária da seguradora, cuja participação acionária ficou assim: 69,7% para o BRB e 30,3% para o BRB Clube.
Na última assembléia do Clube, ocorrida em 27 de maio, ficou estabelecida a criação de comissão formada pelo Clube, AFA (Associação dos Funcionários Aposentados do BRB) e Sindicato para propor novo estatuto para o Clube. No prazo de dois meses, a contar daquela data, nova assembléia seria realizada para apreciar a proposta de novo estatuto com o objetivo de tornar o Clube democrático e efetivamente pertencente aos funcionários. O atual estatuto dá todo o poder de gestão ao banco, o que configura uma aberração. O banco já é o maior acionista Nova Cartão e, pelo atual estatuto do Clube, tem a gestão também da parte que cabe aos funcionários na nova empresa
Até agora, início de agosto, só foi realizada uma reunião de apresentação dos membros da comissão. Passados mais de dois meses daquela assembléia, portanto com prazo já vencido, se percebe paralisia por parte do presidente do Conselho Deliberativo do Clube, Romes Ribeiro, e, por tabela, do próprio banco, que durante a negociação sobre a reestruturação das empresas demonstrou desconforto com a mudança no estatuto do Clube. Após a reestruturação, curiosamente, Romes foi nomeado diretor da Nova Cartão pelo presidente do BRB.  É de se perguntar se a paralisia e o descaso são propositalmente convenientes à diretoria do BRB.
O  Sindicato e a AFA-BRB exigem o caminhar dos trabalhos e estão preparados para buscar os meios necessários para fazer cumprir a determinação da assembléia e para que a mudança estatutária reflita os interesses dos reais donos do clube, os funcionários ativos e aposentados do BRB. O Clube, com repasse da maior parte de seu resultados, cumpre papel crucial no financiamento da saúde de todos os participantes do BRB Saúde.
Financiamento da Saúde
Está em curso discussão sobre a reestruturação do financiamento da saúde, uma vez que o atual modelo é deficitário. Só não há déficit por causa de repasses do Clube. Deste debate, provavelmente resultará aumento de contribuição por parte dos participantes (funcionários ativos e aposentados).
Ocorre que os reais representantes dos funcionários, Sindicato e AFA-BRB, estão excluídos da comissão de reestruturação. É contraditório que os beneficiários e contribuintes do plano, sobre quem recairão as decisões, não sejam representados nesta comissão. A exclusão revela traço constante na direção do BRB, (que se estende à direção do BRB Saúde e também à Regius) que é a de não se pautar por princípios democráticos, ao alijar de discussão tão importante o segmento dos funcionários, sejam eles ativos ou aposentados, a razão de existir do BRB Saúde.
“Esta situação coloca em evidência a necessidade, cobrada diuturnamente pelo Sindicato, de democratização da gestão do BRB Saúde, a exemplo do que ocorre na Cassi (Caixa de Assistência dos funcionários do BB), com eleição para parte da diretoria e conselhos. Defendemos uma real representação dos funcionários na gestão da instituição, considerando também que boa parte dos recursos destinados à saúde é dos empregados do banco”, afirma André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato.