

Representando o Sindicato dos Bancários de Brasília, o secretário de Formação da Fetec-CUT/CN, Jacy Afonso, participou de audiência pública no Senado que discutiu o piso salarial dos vigilantes na segunda (6).
Os vigilantes presentes na reunião, convocada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), Paulo Paim (PT-RS), reclamaram da falta de um plano de carreira, dos baixos salários e das precárias condições de trabalho da categoria. “Para ter uma vida digna, temos que nos sujeitar a dois empregos. Isso sem falar no risco que corremos.”
Mortes
Atualmente, o Brasil conta com mais de 2,3 milhões de vigilantes registrados pela Polícia Federal. “Os bancários conquistaram um piso nacional através de negociação coletiva. É legitimo que os vigilantes também tenham um piso. Se os patrões se recusam, o Congresso Nacional pode estabelecer este piso”, afirmou Jacy Afonso, que também é bancário do Banco do Brasil.
Já o senador Paulo Paim prometeu se empenhar para que seja aprovado um piso nacional para os vigilantes no valor de R$ 3 mil. “Não só vou apresentar a proposta, como vou defendê-la aqui no Congresso.”
Responsabilidade dos trabalhadores
Na avaliação do presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, a necessidade de implantação do piso salarial para a categoria deve considerar a responsabilidade diária desses trabalhadores: cuidar da vida das pessoas.
Na ocasião, o sindicalista entregou uma tabela, elaborada pela CNTV, que revela a enorme diferença de remuneração entre os vigilantes brasileiros. De acordo com as informações apresentadas, a média salarial da categoria é de R$ 1.174,84. O Distrito Federal é o estado com o melhor índice salarial.
Planos de segurança
Boaventura criticou ainda o fato de as empresas não terem planos de segurança, o que coloca em risco a vida dos trabalhadores e da população. “Somos uma das poucas profissões ficha limpa no país. Cuidamos da vida das pessoas em diversos espaços, e não apenas do patrimônio. Precisamos ser valorizados”, declarou.
O debate reuniu vigilantes de todas as regiões brasileiras, que também pediram mais respeito à categoria.
Rosane Alves
Do Seeb Brasília
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