O Sindicato participou nesta segunda-feira (2) de uma reunião com a Diretoria de Fiscalização do Banco Central, intermediada pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF). O objetivo do encontro, segundo a deputada, foi levar “à instância reguladora a nossa preocupação com a má gestão que vem se evidenciando no BRB, de modo a buscar preservar a instituição e evitar sua privatização por etapas, como já vimos em outras empresas públicas”.

Esta é a segunda reunião com a Diretoria de Fiscalização do BC. Na primeira, em novembro de 2023, o Sindicato externou ao diretor da área, Ailton de Aquino Santos, questões cruciais sobre a gestão do BRB.

Aqui estão os principais pontos discutidos naquela reunião:

• Atrasos na prestação de informações periódicas;
• Alienação de subsidiárias: a reestruturação patrimonial traz dúvidas quanto à alçada decisória, potencialmente ilegal, já confirmada em decisão judicial de 1ª instância em ação impetrada pelo Sindicato;
• Constituição de subsidiária integral sem autorização legal, como foi o caso da empresa de loterias;
• Nova subscrição de ações do BRB, mais precisamente o modo e a titularidade das compras, que pode levar à redução da participação do GDF para 53,71%. Esse percentual tende a diminuir ainda mais, agravado pela venda de ativos do conglomerado, configurando uma iniciativa expressa de privatização.
  

Retorno

Ailton de Aquino reiterou que todos esses pontos são de pleno conhecimento de sua pasta e estão sistematicamente sob rigorosa abordagem, assim como os fatos novos trazidos pelo Sindicato.

Na reunião desta segunda-feira, o Sindicato ainda destacou a necessidade de maior transparência na governança, citou a discrepância de resultados frente ao volume de ativos e, em comparação com o mercado, apontou outros indicadores gerenciais do banco.

Mesmo não sendo matéria direta da competência do BC, o Sindicato frisou que, conforme parcela significativa do corpo funcional, o mau clima organizacional se soma ao receio real de que a diretoria do BRB, capitaneada por Paulo Henrique Costa, está beirando a administração irresponsável e temerária.

Com mais este gesto, o Sindicato visa dar continuidade à articulação de ações estratégicas no sentido de cobrar responsabilidades administrativas e legais da gestão.

O Sindicato reforça que está, como sempre esteve, à disposição para ouvir e dialogar com os bancários e bancárias, que constroem o banco no dia a dia com muita dedicação. Juntos, fortalecemos a luta pela defesa desse patrimônio do povo de Brasília que é o BRB.

É bom lembrar que a instituição é maior que a atual direção, que vem decepcionando o “time”, conforme costuma chamar Paulo Henrique aos funcionários, muitas vezes em um tom que contradiz a “harmonia” que ele próprio proclama, frequentemente abalada pela megalomania que permeia seu discurso.

Acompanhe os próximos passos dessa luta no site e nas redes sociais do Sindicato.

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Da Redação