Após solicitação do Sindicato, a Cooperforte atendeu dirigentes nesta quarta-feira (10) para tratar de dois temas: implantação de teletrabalho e negociação do ACT de Participação nos Resultados (PR).
Desde 17 de novembro, a Cooperforte tem testado um modelo experimental de teletrabalho no formato 3x2, que combina três dias presenciais e dois remotos. O piloto, com duração prevista de três meses, será avaliado qualitativamente ao final do período, quando a cooperativa analisará a possibilidade de manter e ampliar o formato para outros setores elegíveis, segundo critérios definidos pela direção da cooperativa, em especial o de segurança cibernética.
O Sindicato solicitou a reunião para conhecer o funcionamento do programa, seus objetivos e os critérios de inclusão, a partir de dúvidas de trabalhadores que chegaram à entidade. “É fundamental que esse processo avance com participação da representação efetiva dos funcionários e com transparência sobre os critérios adotados”, afirmou Talita Régia, secretária de Organização do Ramo Financeiro da Fetec-CUT/CN.
Após explanação dos representantes da Cooperforte, os dirigentes do Sindicato fizeram algumas perguntas e também observações sobre as experiências já negociadas com o Setor Financeiro e informaram que realizarão em breve um processo de escuta com os empregados, tanto os já contemplados quanto os ainda não incluídos, com o objetivo de elaborar, de forma coletiva, reivindicações de melhorias, possíveis negociações e a contratação coletiva sobre o tema.
Além do debate sobre o trabalho remoto, a reunião também tratou da contratação do acordo sobre a Participação nos Resultados. O Sindicato solicitou reajuste no percentual de distribuição do salário e defendeu um modelo de PR que contemple atingimento de metas a partir de 80% do esperado.
Os representantes da cooperativa comprometeram-se levar a proposta do Sindicato ao Conselho de Administração, cuja reunião ocorrerá em breve. O Sindicato vai acompanhar os desdobramentos e manterá a categoria informada sobre os próximos passos por meio do site e das redes sociais.
Bom desempenho permite espaço para negociação
No primeiro semestre de 2025, a cooperativa registrou sobras de R$ 55,5 milhões, crescimento de 3,3% em relação ao ano anterior. O retorno médio anualizado sobre o patrimônio chegou a 14,6%, e as agências Moody’s e Austin reafirmaram a nota de crédito da instituição, com perspectivas estável e positiva.
Os indicadores financeiros reforçam o cenário de solidez: os ativos totais atingiram R$ 3,536 bilhões, alta de 6,4%; o patrimônio líquido alcançou R$ 754 milhões; e o índice de Basiléia subiu para 29,29%. Houve ainda crescimento de 5,9% nas receitas de intermediação financeira e queda de 33,7% nas despesas com provisões, impulsionada pela melhora da inadimplência. Já a carteira de crédito registrou leve retração, possivelmente influenciada pela adoção da Resolução CMN nº 4.966/2021, que alterou a metodologia de provisões para perdas esperadas.
Da Redação
Copyright © 2025 Bancários-DF. Todos os direitos reservados