Diante da demora do Banco do Brasil em convocar os aprovados do certame de 2012, Sindicato e concursados se reuniram nesta segunda-feira (25) para discutir estratégias de mobilização. O encontro, que ocorreu na sede do Sindicato, deu continuidade à série de atividades e ações da entidade que objetivam melhorar as condições de trabalho da categoria e de atendimento à população com a contratação de mais trabalhadores.

O concurso foi realizado em 25 de março do ano passado e até o momento menos de 10% dos aprovados foram convocados. Em Brasília, só ocorreram duas posses relativas ao concurso, agora em 2013. Foram classificados 2.558 para formação de cadastro reserva para a região. 

“Está clara a necessidade do banco de contratar novos funcionários. São várias agências lotadas e com péssimo atendimento, bancários sobrecarregados com o excesso de trabalho, o que contribui para o adoecimento. O BB chamou poucos aprovados do concurso, e a demanda só cresce”, afirma Eduardo Araújo, diretor do Sindicato.

Concursados cobram transparência

R.S é um dos aprovados que participaram da reunião. Classificado em 1.509ª, ele reclama da demora na contratação e da falta de informações e de transparência do BB sobre o assunto. “Entramos em contato com o banco várias vezes para saber qual a defasagem de bancários, mas nunca tivemos resposta. Vemos que a demanda cresceu, e que ainda há vários trabalhadores que estão se aposentando, mas o BB não tem contratado. Eu acho um descaso por parte da empresa não analisar o interesse público e contratar mais pessoas”, destaca.

“A mobilização em conjunto com os aprovados vai fortalecer nossa luta para a convocação de mais bancários, a exemplo da nossa batalha vitoriosa ao lado da comissão dos aprovados do concurso de 2006. Também faremos novas denúncias ao Ministério Público do Trabalho para que o BB contrate mais, sem prejuízo de outras atividades”, diz o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Rafael Zanon.

Entre as principais bandeiras de luta da categoria estão mais contratações, e para pressionar o BB a fazê-lo, o Sindicato tem organizando uma série de atividades. São visitas a parlamentares, órgãos do governo e ao Ministério Público do Trabalho, entre outros, para denunciar a gestão intransigente do Banco do Brasil, marcada pela desvalorização dos funcionários. Atos públicos também estão sendo realizados no país. No último dia 20, várias manifestações ocorreram no Dia Nacional de Luta.

Atualizada às 21h24

Thaís Rohrer

Do Seeb Brasília