Em reunião entre o Sindicato e representantes do BRB nesta terça-feira (16), começaram a ser discutidas as premissas para o modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do BRB para 2011. O primeiro encontro não tratou de valores, limitando-se a discutir as premissas do novo acordo de PLR.

“Durante a negociação, o Sindicato defendeu como base para o novo programa de PLR a elevação do percentual linear (hoje de 60%) a ser distribuído entre os bancários, a fim de valorizar os trabalhadores que recebem o piso salarial. Defendemos também a manutenção do modelo de divisão entre metas-banco e metas-unidade e da progressividade dos percentuais de lucro líquido vinculados à rentabilidade”, disse Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato. Hoje, esses percentuais são de 13%, 15% e 18%.

O banco disse concordar com as premissas apresentadas pelo Sindicato. Defendeu, porém, a criação de um fator limitador baseado no número de salários, com o objetivo de estabelecer um teto para o valor da PLR. O banco alega que o limitador é uma forma de diminuir as desigualdades, uma vez que, no pagamento da última PLR (feito em setembro passado), o escriturário padrão 1 recebeu o valor correspondente a 3,25 salários, enquanto o gerente geral 1 recebeu o equivalente a 0,85 salário.

“Em princípio, nos posicionamos contra o limitador. Sugerimos ao banco que traga, na próxima reunião, simulações de como ficariam os valores pagos aos bancários com o limitador, tomando por base os pagos na última PLR”, afirma Cida Sousa, diretora do Sindicato.

Assim que as simulações estiverem prontas, uma nova negociação será agendada. “Além da PLR, queremos discutir também os ajustes necessários ao Plano de Cargos e Salários (PCS). Esperamos, enquanto representantes do Sindicato, que se chegue a um denominador comum nesses dois assuntos até o fim deste ano”, completa ela.  

André Shalders
Do Seeb Brasília