O ar condicionado não funciona; a agência abre mesmo em período de reforma; o sistema de segurança é falho. Essas são algumas das situações a que bancários e clientes estão expostos no Bradesco. Após receber denúncias, as péssimas condições de trabalho foram constatadas na blitz do Sindicato, no início da tarde da quinta-feira (26), na agência do Bradesco localizada no Guará I e no Posto de Atendimento Bancário (PAB) do jornal Correio Braziliense no Setor Gráfico.
A agência do Guará I, que em 2013 foi alvo da ação dos bandidos, ainda não tem porta giratória detectora de metais no acesso à área de atendimento. Durante a tentativa de assalto, o trio de assaltantes entrou armado e disparou dentro da unidade. Além de dezenas de clientes e usuários, cerca de 20 funcionários, entre bancários, vigilantes e trabalhadores da limpeza, estavam no local.
Com medo de retaliação do banco, uma bancária que trabalhava no momento do assalto teve que procurar tratamento psicológico por conta própria porque passou por estresse pós-traumático. Recentemente, a funcionária foi demitida.
A população, que também é vítima do descaso dos banqueiros em relação à segurança, apoia a ação do Sindicato e cobra nova postura do banco, que, de janeiro a setembro deste ano, já lucrou quase 13 bilhões de reais. O empresário Sandneiva Mota é cliente do Bradesco há seis anos e, desde que abriu a conta na agência, diz que não há porta com detector de metais.
“Como é no banco que guardamos nosso patrimônio, ele tem o dever de instalar equipamentos que nos resguardem dentro da agência. Eu apoio a ação do Sindicato em prol da segurança dos clientes e dos bancários”, afirma o empresário.
Sufoco na agência
No PAB localizado no jornal Correio Braziliense, o calor tem trazido transtornos aos trabalhadores. A falta de ar condicionado precariza as condições de trabalho desde setembro, quando o Sindicato recebeu a primeira denúncia. Durante esse período, o Distrito Federal registrou as maiores temperaturas desde o início das medições, em 1961.
Com as imagens colhidas em visita ao PAB nesta quinta, o Sindicato irá reforçar a cobrança de melhorias à diretoria do banco.
“Quem tem algum problema respiratório não consegue ficar dentro do PAB por muito tempo. O ar condicionado não funciona e não há qualquer meio alternativo para amenizar o calor dentro do local de trabalho. Com as imagens que registramos, vamos cobrar novamente uma solução imediata do banco”, destacou o secretário de Imprensa do Sindicato, Garcia Rocha, que também é bancário do Bradesco.
Joanna Alves
Colaboração para o Seeb Brasília
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