O Sindicato e a Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão) se reuniram no dia 1º com a diretoria da Regius, o fundo de pensão dos funcionários do BRB, para continuar a discussão sobre as alterações propostas na forma de cálculo do salário de benefício dos participantes ativos do plano BD 01.

Participaram da reunião o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio; a presidente da Anapar, Cláudia Ricaldoni; o responsável pelos cálculos atuariais para a Regius, Newton Conde; o presidente da Regius, Aliomar Carvalho; os diretores da Regius Semírames Cesar e Teresinha Rocha; e os bancários Virgínia Pedra e Alfredo Lúcio, representantes dos ativos eleitos em junho, em reunião realizada no Sindicato.  

Tanto o Sindicato quanto a Anapar insistiram na necessidade de novos cálculos para que os participantes ativos possam escolher qual a melhor saída para o plano BD 01, já que as propostas apresentadas pela Regius não contemplam todas as possibilidades para a solução dos problemas estruturais do plano.

Segundo o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, da forma como os cálculos foram apresentados, num médio espaço de tempo, novos ajustes teriam de ser feitos. Isso porque dois parâmetros não são contemplados na proposta que já se encontra na Previc: a taxa de juros do plano, hoje de 5,75%, e a tábua de longevidade. As alterações nesses parâmetros acarretam a necessidade de aporte de um volume considerável de recursos.

O Sindicato e a Anapar também reivindicaram a retirada, por parte da Regius, da proposta da Previc para que as negociações continuem. Aliomar Carvalho, presidente da Regius, alegou a impossibilidade de atendê-la porque a decisão é, também, da patrocinadora. Diante desta situação, o Sindicato e a Anapar reiteraram a disposição de buscar meios que garantam a continuidade da discussão, e não descartam a possibilidade de recorrerem inclusive à Justiça. Afirmaram ainda que vão buscar, junto à Previc, mecanismos para garantir a ampla participação dos participantes nesta discussão. A primeira ação foi o agendamento de reunião com a Previc, marcada para o próximo dia 15 de agosto.

“A Regius e o banco estão agindo de maneira imperial. Consideram-se os detentores dos direitos de saber o que é melhor e decidir o caminho a seguir, independentemente da vontade dos participantes, ignorando que eles aportam metade dos recursos para a formação do fundo previdenciário. Repudiamos esta atitude, e vamos buscar mecanismos para garantir que os participantes tenham seus direitos preservados”, afirma Antonio Eustáquio.

Da Redação