
O Sindicato apoia a luta da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, que realizará no próximo dia 20 a Caminhada Contra a Corrupção, na Esplanada dos Ministérios. A ideia é transformar o ato no Dia Nacional de Mobilização pela Reforma Política Democrática, com manifestações em todo o país. Os participantes vão se concentrar em frente à Catedral, a partir das 10h, e seguirão até o Congresso Nacional para fazer a entrega das assinaturas.
O projeto, de iniciativa popular da Coalizão, apresenta uma proposta de representação política mais identificada com a maior parte da sociedade. Os quatro pontos principais são: proibição do financiamento de campanha por empresas e adoção do financiamento democrático de campanha; eleições proporcionais em dois turnos; paridade de gênero na lista pré-ordenada; e fortalecimento dos mecanismos da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes.
Para o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, este é um tema de grande relevância para toda a sociedade e a pressão popular nesse momento é decisiva. “Com certeza, os bancários vão aderir e reforçar a luta pelo fim da corrupção eleitoral”, destacou. E elogiou o projeto da Coalizão, lembrando que “só com uma reforma política democrática será possível superar os problemas que degradam o atual sistema político brasileiro”.
“Estamos convocando todos aqueles que queiram melhorar a nossa democracia para que possam defender essa proposta”, ressalta Marcelo Lavenere, representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na Coalizão. Segundo ele, são mais de 100 entidades que elaboraram o projeto que está sendo discutido na Câmara dos Deputados. “Esse projeto se opõe a uma contrarreforma, a um retrocesso, a uma reforma que está tramitando na Câmara, apoiada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha. É uma pauta conservadora e retrógrada”.
O representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na Coalizão, Aldo Arantes, argumentou que o povo brasileiro necessita se mobilizar para impedir um crime contra a democracia, “que é a tentativa de constitucionalizar o financiamento de campanha por empresas, a raiz da corrupção eleitoral”.
Marcelo Lavenere e Aldo Arantes participaram de reunião da diretoria do Sindicato nesta segunda-feira (11), quando falaram do assunto.
Votação das PECs
De acordo com os representantes da Coalizão, a presidência da Câmara proclama que colocará as PECs 352/13 e 344/13 (que constitucionalizam o financiamento de campanha por empresas, na contramão das aspirações do povo e do voto de seis dos 11 ministros do STF) em votação no plenário na última semana de maio. Diante desta ameaça, é necessário redobrar o esforço de mobilização.
No dia 28 de agosto de 2013, em reunião na CNBB, foi aprovado o Manifesto Sociedade Civil pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas e criada a Coalizão formada atualmente por 103 das mais representativas entidades e movimentos sociais do país.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
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