Santander

16 de Setembro de 2011 às 17:26

Sindicalistas reúnem-se com o presidente do Santander Brasil

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Representantes dos bancários reuniram-se com o presidente do Santander no Brasil, Marcial Portela, a pedido do mandatário. Portela abriu a reunião expondo que cumpria um objetivo que estabelecera desde a posse: o de dialogar com os sindicatos. A reunião aconteceu na quinta 15, na Torre da Avenida Juscelino Kubitscheck, zona sul de São Paulo, sede do banco.

 

"Achamos importante a abertura do canal de diálogo, pois acreditamos na mesa negocial para resolver os problemas dos trabalhadores", afirma Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato. "Vamos usar esse instrumento, pois o Santander é único banco do Brasil onde seu presidente senta para ouvir os trabalhadores. Esperamos que ele realmente se sensibilize com os problemas apresentados e apoie medidas para solucioná-los". Há a intenção de realizar uma nova reunião ainda neste ano.

 

O dirgentes questionaram Portela sobre a situação global do Santander diante da crise européia. O presidente respondeu que o banco está protegido, pois os investimentos da matriz na dívida pública espanhola têm as mesmas proporções que nos títulos públicos no Brasil. Para ele, não há um cenário de risco na Espanha, nem a possibilidade de respingos da crise no Santander Brasil. Para o país, assinalou uma expectativa de crescimento, mesmo com redução na demanda de crédito.

 

Diante do quadro, de aparente tranquilidade, apresentado pelo mandatário, os dirigentes sindicais indagaram o motivo das inúmeras remessas de capitais para a Espanha. Portela respondeu que o Santander envia dividendos para os acionistas espalhados pelo mundo. Os sindicalistas sabem, no entanto, que as remessas não são apenas de dividendos. Quase metade do arrecadado com o a venda de ações (IPO), em outubro de 2009, foi enviado à Espanha. Nesta semana ocorreram outras remessas, conforme noticiou a mídia brasileira. Os dirigentes alertaram que esta prática poderia resultar, para a filial brasileira, no mesmo desfecho da fábula da galinha dos ovos de ouro.

 

Os dirigentes pediram informações sobre a situação do Santander no país. Portela afirmou que tanto a filial brasileira, quanto a dos demais países funcionam como subsidiária e têm autonomia em relação à Espanha. Ele também apontou a estratégia da empresa de, em três anos, o Santander ser o melhor banco para se trabalhar.

 

Os sindicalistas criticaram a redução dos postos de trabalho no Brasil, ressaltando que na América do Sul e na Espanha não há demissões, e questionaram o porquê da diferença de tratamento, principalmente em um momento de crise européia em que a filial brasileira responde por 25% do lucro mundial do Santander. Os dirigentes reafirmaram que a falta de funcionários gera sobrecarga de trabalho e sufoco no cumprimento de metas abusivas, política que adoece os funcionários e não alavanca o banco no mercado, sendo, portanto, necessário mudá-la.

 

Portela respondeu dizendo que o Santander precisa contratar para crescer e que, no mercado, ainda há dificuldades neste sentido. Os sindicalistas apontaram que metade das demissões ocorre porque os próprios trabalhadores pedem para sair devido às más condições de trabalho.

 

Os passivos do Banespa, em especial dos aposentados do Banesprev, também foram destacados como sendo uma das principais fontes de conflitos do Santander nas comunidades, a ponto de ter uma CPI para ser instalada em Brasília.

 

Os dirigentes sindicais reafirmaram, ainda, a intenção de manter sempre o diálogo e a mesa de negociação e, no final, pediram que houvesse valorização da área de RH do banco, para que sejam apoiadas iniciativas que valorizem os trabalhadores, único caminho para o Santander crescer no Brasil.

 

Participaram pelos sindicatos: Rita Berlofa, Paulo Salvador, Ademir Wiederkehr, Alemão da Fetec, Sebastião Cardoso e Cristiano Meibach. Pelo Santander: Marcial Portela, presidente do banco no Brasil, Lilian Guimarães, vice-presidente executiva e Jerônimo dos Anjos e Fabiana Ribeiro, ambos da Superintendência de Relações Sindicais.

 

Fonte: Sindicato de São Paulo, com informações da Afubesp

 

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