Banco BRB

15 de Setembro de 2008 às 16:29

Será que o governador permitiu a transformação do BRB em cabide de emprego?

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Contrariando o discurso oficial de austeridade, racionalidade e eficiência, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), parece que transformou o BRB num verdadeiro cabide de empregos para acomodar aliados políticos, que em alguns casos, não apresentam competência exigida para os cargos. Cabe a Arruda dar uma resposta a esta situação, pois vejam os fatos:

O BRB banco comercial, que até início de 2007 tinha seis diretorias, incluindo o diretor-presidente, hoje tem oito, cuja sétima diretoria (Tecnologia) foi criada ainda em 2007 para acomodar indicação de partido aliado do governador, legenda que desde o início deste governo ocupa cargos na estrutura da Regius e do BRB Saúde, e agora comanda uma importante Secretaria, cuja primeira medida foi a implementação de uma política privatista dos serviços de saúde pública, o que suscita muitos questionamentos da população.

Agora em setembro, o governo criou a oitava diretoria, que segundo rumores, acomodará o presidente do partido do governador no DF, senhor Flávio José Couri. Por indicação do DEM nacional, o partido já ocupa uma das diretorias, cujo titular Marcos Bonnel é primo de Rodrigo Maia, presidente nacional da legenda.

“É importante frisar que a filiação partidária não é o determinante para a crítica, mas sim se há competência para o cargo”, afirma Kleytton Morais, secretário de Formação Sindical e funcionário do BRB.

O ex-secretário de Fazenda Ronaldo Medida foi alocado na presidência da BRB/DTVM, cuja diretoria tem três integrantes. Este cargo pode parecer prêmio de ‘consolação’ devido a sua saída da Secretaria de Fazenda, novamente ocupada por Valdivino de Oliveira, ex-secretário da pasta no governo Roriz, a quem cabe tradicionalmente ocupar a presidência do Conselho de Administração do BRB (Consad), mas que deixou este cargo, ocupado posteriormente pelo então secretário de governo Benjamin Roriz.

É importante ressaltar que passa pelo Consad a eleição dos membros da diretoria e não custa lembrar que a diretoria capitaneada por Tarcísio Franklin de Moura, com a anuência dos integrantes do Consad da época, promoveu desmandos que foram desvendados pela Operação Aquarela. É de se perguntar: Será que Valdivino agora assumirá o cargo que naturalmente lhe compete? Em caso afirmativo, é de se perguntar também: Qual o futuro do banco e dos funcionários, e se ele concorda com essa situação administrativa do banco neste momento?

A BRB/CFI, que teve sua atuação reduzida em aproximadamente 80%, em função da transferência do crédito consignado BRB Serv para a carteira comercial do banco, teve sua diretoria aumentada para três integrantes.

O que causa espanto também é o fato de que a indicação da presidência das coligadas – BRB/CFI e BRB/DTVM – deve passar pelo crivo da Câmara Legislativa, conforme prevê a Lei Orgânica do DF.
“Tradicionalmente, as presidências dessas coligadas eram acumuladas pelo presidente do banco e a CFI tinha somente um outro diretor, que também exercia cargo na direção do BRB. Isto sim é mais razoável”, destaca André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato e funcionário do BRB.

Erika Kokay pede providências ao presidente da Câmara Legislativa

A deputada distrital Erika Kokay (PT), ex-presidente do Sindicato, fez questão de ordem em plenário solicitando providências ao presidente da Casa, Alírio Neto (PPS), aliado do governador Arruda, para que seja respeitada a determinação contida na Lei Orgânica.

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