
O Seminário dos Funcionários do BRB começou na manhã desta sexta-feira, 12 de agosto, na sede do Sindicato. Durante a abertura o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, falou sobre a Campanha Nacional 2011 e das expectativas da categoria. “Sabemos que poderemos enfrentar dificuldades, mas a participação da categoria nos Congressos e na Conferência, além das respostas da consulta feita pelo Sindicato, mostra que a maioria está disposta a lutar”, afirma.
O encontro começou com uma análise de conjuntura política e econômica nacional e internacional. “As economias em desenvolvimento como o Brasil, a Argentina e a África apresentam a possibilidade de crescimento superior a 4% neste ano mesmo com a crise mundial. O Brasil agiu de forma diferenciada diante desse cenário com crescimento do emprego formal, apesar dos impactos sofridos”, analisa o técnico de Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Pedro Tupinambá, que rebateu o discurso de que o aumento dos salários dos trabalhadores gera inflação de demanda.

“Os estudos do Dieese concluem que há possibilidade de crescimento do país com distribuição de renda e valorização do trabalhador. Não vamos aceitar essa tese de que o aumento dos salários gera inflação”, ressalta André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato, acrescentando que “os lucros dos bancos mostram que eles podem atender as reivindicações dos bancários”. Mesmo durante a crise, por exemplo, o BRB teve um lucro líquido de R$ 196 milhões em 2010, um acréscimo de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Luta contra a privatização
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) falou um pouco do histórico de lutas dos funcionários do BRB, que enfrentaram por diversas vezes, com muita luta e resistência, a ameaça de privatização. Segundo ela, os bancos estaduais e federais desempenharam papel crucial na superação da crise econômica no país, daí a importância de sua manutenção como públicos e a serviço da sociedade.
Erika também destacou a necessidade de regulação do sistema financeiro. A parlamentar afirma ainda que é inconcebível que o sistema financeiro público não tenha uma regulamentação sistemática e que o mesmo órgão tenha o papel de fiscalizar e regulamentar, numa referência ao Banco Central.
Saúde e previdência
As discussões sobre o plano de saúde e a sobre a Regius também tiveram espaço nos debates da manhã. O diretor-superintendente do Saúde BRB, Vanderley Barbosa, detalhou o funcionamento do plano e as ações empreendidas pela nova gestão visando a melhoria do atendimeto aos usuários, bem como redução de curstos.
Sobre o custeio do plano,Vanderley detalhou o atual orçamento e as fontes de recursos demonstrando o déficit estrutural existente hoje no plano. Falou ainda, sobre o grupo de trabalho instituído para rediscutir e propor um novo modelo de custeio que reequilibre o plano. Segundo ele, a proposta procurará corrigir desajustes que fazem com que quem ganha mais, contribua com menos e também apontará para a necessidade de um aporte maior de recursos por parte do banco.
“O banco tem que aportar mais recursos para o Saúde BRB, que contribua substancialmente para seu equilíbrio. Está será uma das principais reivindicações de nossa campanha salarial este ano”, resume Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.
Na questão de previdência, a situação mais preocupante está relacionada ao déficit do plano 1 da Regius (BD), cujo equacionamento deverá ocorrer caso o resultado de 2011 não consiga superar o déficit. "Na exposição feita por Aliomar, diretor-presidente da Regius ficou claro que tal déficit decorre principalmente da inação de gestões passadas. Porém, o equacionamento provavelmente terá de ocorrer, visto que a crise econômica mundial está afetando sobremaneira o resultado de 2011, o que aponta uma dificuldade de o mesmo ser resolvido pela rentabilidade deste ano", diz Antonio Eustáquio.
"O Sindicato espera que o banco possa contribuir da melhor maneira possível para minimizar os efeitos sobre os participantes", complementa Cida Sousa, diretora do Sindicato.
Ainda sobre a situação do plano 1, atendendo a solicitação dos participantes do seminário, o Sidnicato juntamente com a Regius, organizará uma discussão específica sobre essa siuação
Os debates sobre as reivindicações específicas e as estratégias de luta para 2011, além da aprovação da minuta, prosseguem no período da tarde.
Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília
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