Em mais uma arbitrariedade, a direção da Caixa anunciou, mais uma vez via grande mídia, que poderá abrir agências de todo o país aos sábados e domingos para atender à demanda de saques de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O pagamento começa em março e pelo menos 30 milhões de trabalhadores têm direito a sacar os recursos.

O Sindicato é contra a abertura de agências aos finais de semana, uma vez que os empregados serão prejudicados pela decisão unilateral e ilegal da Caixa.

Sem dialogar com os trabalhadores ou com o movimento sindical, a empresa impõe o trabalho nos fins de semana precarizando as condições de trabalho de empregados e empregadas nas agências, além de colocar em risco a qualidade do atendimento de clientes e usuários.

Nesse sentido, na última quarta (8), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou ofício ao presidente da Caixa, Gilberto Occhi, e à Gerência Nacional de Negociação Coletiva e Relacionamento com Empregado (Gener) cobrando esclarecimentos.

No documento, a entidade reforça que o sábado é dia de repouso semanal remunerado, previsto no Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2018, e que o trabalho neste dia só é admitido de forma excepcional, caso se enquadre nos seguintes requisitos legais: quando ocorrer motivo de força maior; para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.

“A empresa não negociou com os representantes dos trabalhadores sobre a hipótese de abrir as agências nos sábados e domingos. Mesmo havendo milhares de aprovados do último concurso para convocar, a Caixa prefere sacrificar as condições de trabalho dos seus empregados”, alerta a diretora do Sindicato e da Contraf-CUT, Fabiana Uehara.

Para que as agências funcionem em dias de repouso semanal remunerado, é necessária autorização das Superintendências Regionais do Trabalho, além de negociação com as entidades sindicais.

Joanna Alves
Colaboração para o Seeb Brasília