Apesar do lucro líquido de R$ 5,694 bilhões no Brasil apenas nos primeiros nove meses deste ano, o correspondente a 26% do resultado global da instituição financeira, o Santander vem promovendo uma onda de demissões em todo o país em pleno fim do ano, causando medo e apreensão entre os funcionários.
Só em São Paulo, no último dia 22, o banco espanhol dispensou 40 trabalhadores, das áreas de Recursos Humanos, Jurídico, Organização e Eficiência e o de Gestão Integral e de Gastos. No Nordeste, foram 30 demissões em Pernambuco, 23 na Bahia, 14 em Alagoas e 10 na Paraíba. Houve também desligamentos em Brasília, no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O alvo são bancários com mais tempo de casa, num flagrante da política nefasta dos bancos de demitir para promover a rotatividade e, com isso, reduzir gastos com as folhas de pagamento.
“Além de pegar a todos de surpresa e instaurar um clima de pavor entre os bancários às vésperas das festividades de fim de ano, o Santander tem agido de má-fé, dizendo que essas demissões já eram de conhecimento do movimento sindical e foram inclusive objeto de negociação. Isso é mentira, não passa de mais uma tentativa do banco de jogar os trabalhadores contra as entidades que os representam”, esclarece Rosane Alaby, secretária de Imprensa do Sindicato.
A propósito, segundo Rosane, na última negociação entre o movimento sindical e o banco, ocorrida dia 22 de novembro, os representantes dos trabalhadores reivindicaram do Santander mais contratações. Mas o banco frustrou os bancários e afirmou que as considera desnecessárias.
No primeiro trimestre de 2012, o quadro de pessoal no Santander era de 55.053 funcionários, sendo reduzido para 54.918 no segundo trimestre, o que representou um corte de 135 vagas. Mesmo com demissões de bancários, o Santander abriu 90 agências em todo o país.
“A contratação de mais bancários é essencial. São inúmeros funcionários trabalhando sobrecarregados e ficando doentes com o grande volume de trabalho e metas exageradas. O banco tem que respeitar e valorizar seus funcionários, diante do alto lucro que tem alcançado”, destaca Rosane Alaby.
Da Redação
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