Em que pese a argumentação dos três conselheiros deliberativos eleitos Alair Vargas, Lucimar Martins e Wander Borges de que a proposta de nova estrutura salarial da Regius provocaria um aumento de 70% na folha de pagamento mensal da Regius, e tal assunto deveria ser destinado para discussão do novo conselho que toma posse no próximo dia 21 de novembro, o presidente do conselho, Valderi Elias, insistiu em votar a matéria, a qual foi aprovada com o seu voto de minerva, voto este a que tem direito segundo a lei, e constantemente utilizado por ele.

Estranha a posição do presidente do conselho, pois o mesmo, em voto apresentado ao Conselho Deliberativo, ainda em 2006, argumentando contra alteração na estrutura que propunha uma quarta diretoria com eleição para metada desta, voto apresentado pelos conselheiros eleitos, a Regius seria um fundo que não comportava uma estrutura tão grande e que esta mudança implicaria em substancial aumento de despesas.

Um ano depois, o mesmo senhor Valderi insistiu e aprovou com seu voto um acréscimo de 70% nas despesas de pessoal da Regius. O Sindicato pergunta: o que aconteceu? A Regius cresceu demais ou o senhor Valderi apenas advoga o interesse da direção da Regius e da patrocinadora (BRB), pois é contraditório tais posicionamentos tão díspares em espaço de tempo tão curto. Vale lembrar que algumas operações problemáticas feitas pela Regius como a venda do lote SAI/SO (lote comprado pelo ex-deputado Vigão) também passaram no conselho com seu voto de minerva. É de se perguntar também: a quem o senhor Valderi defende? Os participantes da Regius, que são donos daqueles recursos, ou a patrocinadora e a diretoria da Regius.

O Sindicato entende que todo trabalhador tem que ser valorizado, isto passa necessariamente por salário digno. É provável que diversos funcionários da Regius realmente precisem de um realinhamento salarial, pois o segmento fundo de pensão conta com poucos profissionais qualificados no mercado. Agora, a diretoria, composta de funcionários do BRB, propor para si um reajuste de aproximadamente 42%, num cenário em que todos os bancários tiveram 6% de reajuste e que os funcionários do BRB passam pela angústia da indefinição sobre o futuro do banco, é, no mínimo, um escárnio contra os participantes da Regius, cujos recursos devem ser usados para custear o complemento da aposentadoria destes.