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17 de Janeiro de 2017 às 13:39

Salário mínimo desvaloriza, mas valor da cesta básica sobe em todo país

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Mês a mês, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese) monitora o valor dos 13 produtos alimentícios considerados essenciais e suficientes para garantir o sustento mensal e o bem-estar de um trabalhador em idade adulta.

O estudo, realizado nas 27 capitais brasileiras e publicado no início do mês, só confirma uma verdade constatada todos os dias: os carrinhos de compra que usamos nos supermercados estão cada vez mais vazios.

No Distrito Federal, onde o preço desses produtos alimentícios essenciais subiu 8,80% em 2016, é necessário desembolsar mensalmente a quantia de R$ 433,74 para suprir as necessidades básicas de consumo de uma pessoa. Considerando essa média de valores e a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência de um trabalhador e de seu grupo familiar, o DIEESE estimou que um salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.856,23, quatro vezes o mínimo de R$ 937 reajustado para esse ano.

Gastando mais, ganhando menos

Como se não bastasse o aumento dos itens básicos de alimentação avaliado na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) do Dieese, vale relembrar e lamentar o salário mínimo vigente, reajustado abaixo da inflação. Dois critérios que diminuem, em muito, o poder de compra do trabalhador, desfalcando ainda mais a economia doméstica.

Conquistada historicamente pelo movimento social, protagonizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) durante o mandato do presidente Lula, a valorização do salário mínimo é uma política de distribuição de renda. “Ao romper com a Política de Valorização do Salário Mínimo, fundamental para o crescimento do país e a erradicação da pobreza de milhões de pessoas, o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer promove um acelerado desaquecimento da economia, provocando mais desemprego e subdesenvolvimento”, lamenta Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília.

De 2003 a 2014, o mínimo teve reajuste nominal de 262%, um aumento real (descontada a inflação, no caso, o INPC) de 72,31%, segundo o Dieese. Em abril daquele ano, o primeiro do governo Lula, o valor foi fixado em R$ 240, ante R$ 200 até então. De 1995 a 2007, os aumentos foram se alternando entre abril e maio. Passaram definitivamente a ser feitos em janeiro a partir de 2010, com uma regra que prevê combinação entre variação do Produto Interno Bruto (PIB) e do INPC.

Segundo o Dieese, ao todo, são 23 milhões de beneficiários do INSS, 12 milhões de empregados, 8 milhões de trabalhadores por conta própria, 3 milhões de trabalhadores domésticos e 184 mil empregadores, totalizando 47 milhões de pessoas que possuem rendimento referenciado no salário mínimo e que consumirão menos em 2017.

Fonte: CUT Brasília com informações do Dieese

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