
A diretora eleita de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, Miria Fochi; o diretor do Sindicato Eduardo Araújo e o diretor eleito de Seguridade da Previ, Marcel Barros
Os debates sobre Cassi e Previ no Congresso Distrital dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado no sábado 27de abril, na Legião da Boa Vontade (LBV), trouxeram propostas importantes para avanços na área da saúde e previdência. As reivindicações aprovadas na oportunidade serão encaminhadas para apreciação no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, que ocorrerá em São Paulo dias 17 a 19 de maio.
A diretora eleita de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, Mirian Fochi, conduziu as discussões sobre saúde dos funcionários. Ela fez uma explanação sobre a Cassi dentro da conjuntura do mercado de saúde.
O contexto econômico mostra que as mensalidades dos planos de saúde tiveram um reajuste de 7,69% autorizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS), enquanto a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 5,4%. Os números consideraram o período de dezembro de 2012. Diante do aumento das despesas, a Cassi montou um grupo de estudos para resolver a questão do aumento dos custos no plano, sem reduzir os benefícios assistenciais. Além dessa, outras ações foram implementadas.
"No nosso plano, que não visa o lucro, a nossa maior preocupação é com o associado. Falo com traquilidade que a Cassi ainda é o melhor plano do Brasil. Tem a maior abrangência, a maior cobertura e o menor custo", afirma Mirian. Os planos de autogestão representam 5,2 milhões de pessoas, e a Cassi é o maior deles com 855.366 assistidos. A maior parcela dos participantes tem 59 anos ou mais de idade, o que representa 18,8% dos beneficiários.
A Cassi tem uma rede credenciada de 40.077 unidades, entre hospitais, laboratórios, médicos e outros tipos de serviços assistenciais em todo o país. "A maioria dos associados está na faixa etária em que mais é necessário o plano de saúde, quando ocorre mais adoecimento. Eles têm uma assistência digna com a Cassi, e para atendimento semelhante pagariam uma mensalidade absurda em outros planos que visam apenas o lucro. Temos até mesmo beneficiários com mais de 100 anos, são 78 assistidos", frisa Mirian.
PL para melhorar a saúde do trabalhador
Durante os debates, foi destacada a relevância de projetos de lei que trarão avanços para os associados à Cassi e demais planos de autogestão. O Projeto de Lei nº 3650/12 é um desses. Ele prevê punições de três meses a um ano de detenção e multa para o profissional de saúde que receber vantagem financeira por orientar um procedimento ou comercializar produto médico, como remédio e prótese.
O objetivo do PL é tipificar no Código de Defesa do Consumidor a obtenção de vantagem pelo encaminhamento de procedimentos, pela comercialização de medicamentos, órteses, próteses ou implantes de qualquer natureza, cuja compra decorra de influência direta em virtude de sua atividade profissional. O PL está na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados.
Diante de situações recorrentes de abusos nos preços cobrados para compra de órteses e próteses, a Cassi passou a negociar direto com fornecedores para compra desses materiais, assim conseguiu preços menores e ampliação do número de associados assistidos.
Desafios na Cassi
Participantes do Congresso destacaram a importância da manutenção e ampliação na gestão da Cassi dos diretores eleitos pelos bancários para dar voz às reivindicações dos beneficiários. Além disso, os trabalhadores do BB reivindicam políticas mais efetivas da Cassi e do banco para prevenção das doenças relacionadas ao trabalho.
Os bancários também cobraram a divulgação de dados a respeito da saúde dos funcionários do BB, com o detalhamento das principais doenças relacionadas ao trabalho. Entre as principais reivindicações dos bancários para a Cassi estão: Plano odontológico da Cassi; Cassi para os incorporados e ambulatórios nos prédios.
Diretor de Seguridade da Previ defende mais participação dos bancários na gestão dos fundos de pensão
Em debate estratégico durante o Congresso Distrital dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado no sábado 27 de abril, na Legião da Boa Vontade (LBV), na 915 Sul, o diretor eleito de Seguridade da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), Marcel Barros, defendeu mais participação dos bancários e bancárias na gestão dos fundos de pensão. “É importante a gente conhecer para agirmos na defesa do que é nosso. O prédio da Previ está lá em Botafogo, no Rio de Janeiro, mas o fundo de pensão somos todos nós”, destacou.
Barros também pediu que a categoria envie aos parlamentares mensagens de apoio ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 161/12, de autoria do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que, se aprovado, garantirá maior participação dos trabalhadores na gestão dos fundos de pensão, além de impedir a devolução de superávit aos patrocinadores. “A participação de todos é a única atitude que pode permitir a aprovação do projeto e a consequente garantia de nossos direitos”, observou o diretor eleito de Seguridade da Previ.
“Precisamos procurar os deputados para pedir a aprovação do projeto 161/12. A distribuição do superávit deve ser favorável aos participantes”, afirmou.
A proposta, que se encontra na Comissão de Seguridade Social e da Família da Câmara dos Deputados, é relatada pelo deputado Rogério Carvalho (PT-SE).
Resultados
Ao apresentar os principais resultados do exercício 2012 da Previ, Marcel Barros destacou as rentabilidades superiores às metas atuariais e o crescimento dos ativos de investimentos do Plano 1 e do Previ Futuro. O primeiro, o mais antigo e maior plano de benefícios da entidade, rendeu 12,62% contra uma meta de 11,51% no período, alcançando um montante de ativos de investimentos de R$ 161,6 bilhões, superior em R$ 9,6 bilhões ou 6,3% sobre os ativos do Plano ao final de 2011. Já o segundo, mais jovem e em fase de arrecadação, teve rentabilidade de 13,74% ante meta de 12,04% e registrou R$ 3,7 bilhões em ativos de investimentos, um crescimento de R$ 933,8 milhões ou 33,8% sobre o valor do final de 2011.
Segundo o diretor eleito de Seguridade da Previ, no total, a Caixa de Previdência tem ativos de investimentos superiores a R$ 166 bilhões, somando-se aos planos de benefícios a Capec e o Plano de Gestão Administrativa (PGA).
Em 2012, de acordo com Marcel Barros, foram pagos R$ 8,4 bilhões em complementos de aposentadorias e pensões no período, dos quais R$ 1,4 bilhão em Benefício Especial Temporário, o BET, cuja continuidade do pagamento está confirmada durante todo o ano de 2013.
Dificuldades
Em virtude das oscilações nas bolsas de valores, da crise europeia e da estagnação da economia norte-americana, 2012 foi um ano bastante difícil para quem investe em renda variável, segundo o diretor eleito de Seguridade da Previ. “Além disso, o preço do minério de ferro passou de US$ 160 a US$ 80 a tonelada”, salientou.
Marcel também explicou que a diminuição da taxa de juros ainda não impactou nos resultados da Previ. “A gente ainda carrega títulos do governo com taxas positivas. Conforme esses títulos forem vencendo, não teremos como garantir nossa meta atuarial (5% + Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC). Por isso, teremos que buscar outras aplicações”, salientou. “Não podemos estar em aplicações que garantam prejuízos. Temos modelo de cálculo de risco que não deixam a gente entrar em investimentos de risco”, acrescentou.
Trem bala
Sobre os rumores de que a Previ investiria recursos próprios no projeto Trem Bala, o diretor de Seguridade da Caixa de Previdência negou veementemente a possibilidade. “Na Previ, não existe nenhum estudo de comprar Trem Bala”.
Antes de encerrar sua fala, Marcel Barros fez questão de enfatizar que a Previ existe para pagar benefícios para seus associados. “É importante vocês nunca se esquecerem disso. A Previ não é um grande fundo de investimento, é um grande fundo de pensão. Nosso maior objetivo é pagar benefício”, finalizou.
Ao final da apresentação de Marcel Barros, os bancários e bancárias fizeram perguntas e enviaram sugestões.
Rodrigo Couto e Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília
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