
O Sindicato promoveu uma reunião na agência da Caixa do Conjunto Nacional, nesta quarta-feira (23). Estiveram em discussão o andamento das negociações com a empresa, o superávit do Saúde Caixa, os problemas na implementação do Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag), reestruturação e as melhorias nas condições de trabalho, entre outros temas. O item saúde do trabalhador foi destaque no encontro, que contou com a participação do psicólogo do Sindicato, Vitor Barros.
O psicólogo aplicou questionários para os empregados da agência com o objetivo de apurar aspectos do clima organizacional. As perguntas incluíam itens a respeito do cotidiano na agência, ritmo de trabalho, uso de medicamentos, relacionamento interpessoal, nível de motivação e estresse, entre outros pontos. A pesquisa não identifica o autor das respostas.
Em fevereiro, o Sindicato fará uma nova visita à agência e apresentará o resultado dos questionários acompanhado de um laudo técnico do psicólogo sobre a situação dos bancários.
“É importante essa conversa para dar um alerta e mostrar que a prevenção é a melhor medida para a saúde do trabalhador. O número de bancários afastados em consequência de problemas psíquicos tem aumentado muito. O assédio organizacional está presente na estrutura atual das instituições e traz prejuízos à vida social do indivíduo, bem como à sua saúde física e mental”, ressalta Vitor Barros.
Vários trabalhadores passam pelos mesmos problemas dos bancários, tendo que enfrentar excesso de trabalho e estresse diário. Segundo relatório da Previdência, os auxílios-doença, previdenciários e acidentários concedidos a trabalhadores por causa de depressão ou transtornos depressivos recorrentes aumentaram, em média, 5% nos últimos cinco anos, superando 82 mil ocorrências anuais.
Mais contratações já!
A reunião ocorreu antes da abertura da agência e logo que os representantes dos trabalhadores chegaram ao local constataram o número insuficiente de empregados para atender os clientes e usuários. Antes mesmo de a unidade abrir ao público, já havia longas filas do lado de fora.
“O excesso de trabalho é uma realidade dos empregados da Caixa. A demanda é muito maior do que o número de trabalhadores para atendimento. O Sindicato reivindica agilidade na nomeação dos aprovados no último concurso e que esses novos sejam encaminhados para os locais onde a necessidade é maior”, afirma Fabiana Uehara, diretora executiva da Contraf-CUT e do Sindicato, que participou da reunião.
Também estiveram presentes a diretora do Sindicato Vanessa Sobreira, o diretor da Fetec-CN/CUT Adilson de Sousa e o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor da Fenae, Jair Pedro.
Thaís Rohrer com informações da Revista Proteção
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