

Enquanto o PLC do Espanto tramitava na Câmara Legislativa, o governador do DF aproveitou para distribuir 1.235 cargos no GDF. O curioso é que a farra de cargos ocorreu entre os dias 24 de agosto e 6 de outubro, próximo à datas importantes: em 23 de agosto, Rodrigo Rollemberg (PSB) levou o texto pessoalmente à CLDF; em 3 de outubro, o governador sancionou a lei.
Fontes ligadas à Câmara Legislativa e ao GDF asseguraram que a maioria desses cargos foram preenchidos por aliados de 11 distritais que votaram pela aprovação do projeto de lei: Agaciel Maia (PR), Julio Cesar (PRB), Rodrigo Delmasso (Podemos), Robério Negreiros (PSDB), Luzia de Paula (PSB), Juarezão (PSB), Lira (PHS), Professor Israel Batista (PV), Cristiano Araújo (PSD), Bispo Renato Andrade (PR) e Rafael Prudente (PMDB).
Um dia depois da chegada do projeto à Câmara, 25 cargos comissionados foram efetivados, de acordo com o levantamento. A primeira leva de nomeações ocorreu em 31 de agosto, quando 260 postos foram ocupados, fechando os sete dias iniciais de tramitação. No dia que a Justiça suspendeu a apreciação do PLC, em 5 de setembro, mais 38 pessoas foram nomeadas. No dia 14, mais 213 novos comissionados.
A proposta que unificou os fundos do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev) foi aprovada, depois de quase 11 horas de sessão, na madrugada de 27 de setembro. Em 3 de outubro, Rollemberg sancionou a lei. Três dias depois, ocorreram mais 26 nomeações.
O Projeto de Lei Complementar (PLC) 122, de autoria do governador do DF, mexe na previdência dos servidores do GDF e ameaça a manutenção das empresas públicas da capital. O projeto foi aprovado dia 27 de setembro, depois de Rollemberg desconsiderar a pressão dos servidores públicos locais, driblar a Justiça e costurar com a base aliada a aprovação da reforma.
Da Redação com informações do Metrópoles
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