A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil reuniu-se na última terça-feira 20 com os negociadores do banco para tratar de assuntos relacionados às Comissões de Conciliação, que tiveram suas reuniões suspensas em todo país. A direção do BB se comprometeu a solucionar os problemas apontados pelos bancários na condução das conciliações e fará reuniões regionais para padronização das ações da Gepes, com a participação dos sindicatos.

Na oportunidade, os representantes dos bancários questionaram o prazo para certificação dos gerentes de contas, a convocação para o trabalho eventual em dia não útil e a substituição de comissionados.

"Cobramos do banco um prazo maior e condições melhores para que os bancários possam fazer as provas de certificação obrigatória em condições adequadas, uma vez que o ritmo de trabalho não permite que o bancário sequer se prepare para as provas", detalha Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.

Sobre as substituições, a Contraf-CUT apresentou vários casos em que os trabalhadores chegam a exercer três cargos diferentes num mesmo dia, numa clara demonstração de que o desvio de função que se torna uma rotina de descumprimento de legislação dentro do banco, além de desestímulo aos funcionários. "É urgente a necessidade da volta das substituições", destaca Marcel.

Para resolver a questão do trabalho eventual em dia não útil, a Contraf-CUT apresentou ao BB um documento no qual é cobrado o cumprimento de um acordo de 2004, firmado com a Dires e a Dired, que garante o pagamento de duas folgas por trabalho em dia não útil, além do ressarcimento dos valores de transporte e alimentação. "Os casos têm ocorrido principalmente em Minas e na Bahia, onde o banco assumiu as contas do governo do Estado. Queremos o cumprimento do acordo", finaliza Marcel.