
Delegados sindicais do Banco do Brasil se reuniram nesta quarta-feira 28 para programar novas estratégias de atuação e discutir as demandas dos colegas de trabalho. Os delegados levaram inúmeras denúncias de assédio moral e perseguição que vêm ocorrendo no banco, principalmente contra aqueles que participaram da greve e/ou ingressaram com ações judiciais pedindo o pagamento das 7ª e 8ª horas trabalhadas indevidamente.

“O BB tem apostado no terror psicológico para enfraquecer a nossa luta coletiva, que tem se mostrado forte e de resultados. Nós estamos reagindo e temos conseguido vitórias. Entramos na Justiça para garantir o direito a férias e abonos que o banco tentou impedir e tivemos sucesso, bem como em outras ações de 7ª e 8ª horas, assédio moral e descomissionamentos injustificados”, comenta Rafael Zanon, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato. 
O Sindicato já denunciou o BB ao Ministério Público do Trabalho, ao Ministério do Trabalho e Emprego e à Presidência da República, além de ingressar com ações na Justiça. E no próximo dia 3 de dezembro ocorre audiência no MPT, solicitada pela Contraf-CUT para tratar da representação contra o BB por práticas antissindicais e discriminação pós-campanha nacional em relação aos bancários que exerceram o seu legítimo direito de greve. 
Instrumento de combate ao assédio moral 
Fruto da luta dos trabalhadores na Campanha Nacional 2012, o BB aderiu nesta terça-feira 27 ao acordo aditivo de combate ao assédio moral, o chamado Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho. O ato de assinatura ocorreu em São Paulo, na sede da Fenaban, ocasião em que Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander, HSBC, Safra, BIC, Votorantim e Citibank renovaram o acordo.   
Agora os bancários do BB também poderão utilizar o canal específico disponibilizado pelo Sindicato para denunciar os casos de assédio moral. Após as denúncias serem encaminhadas ao BB, o banco terá prazo de até 60 dias para responder à entidade. “É importante denunciar e formalizar as ações assediadoras e guardar provas para o processo. São muitos os bancários que sofrem um verdadeiro terror psicológico, e temos que combater isso”, frisa Wadson Boaventura, diretor do Sindicato.  
Veja as principais denúncias, sugestões e informes na reunião de delegados sindicais
•    Denúncia de assédio moral na Ditec;
•    Repúdio à imagem que o BB tem construído de vendedor de produtos; 
•    Orientação de não assinar documentos que pressionam à compensação dos dias de greve, inclusive que não observam a disponibilidade do bancário;
•    Denúncias de centrais clandestinas para vender produtos (desvio de função);
•    Denúncias de unidades que ainda mantém o ranqueamento proibido em acordo coletivo; 
•    O Sindicato lembra que são ilegais anotações no programa de Gestão de Desempenho e Competência relativas a compensação das horas de greve e normas de conduta;
•    O Sindicato informa que os trabalhadores podem emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) no Sindicato e no próprio site do INSS;
•    Denúncia da falta de transparência e critérios objetivos para os comissionamentos;
•    Denúncia de tortura psicológica coletiva no banco;
• Reflexo temporal para o restante da carreira de antiguidade a partir da conquista da diminuição do tempo para ascensão do A1 para o A2;
• Sugestão de divulgação da área de atuação dos delegados sindicais.
Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília
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