O banco Real ABN vem preparando, ainda para o mês de julho, sua proposta de PPR 2007, que deverá ser apresentada à Comissão de Negociação do Programa de Participação nos Resultados do banco, para o pagamento ser efetuado no dia 25 de agosto.
Queremos a valorização dos trabalhadores que estão entre os grades 2 a 11, e que representam a ampla maioria dos funcionários do banco. Se um dos valores corporativos do banco é o trabalho de equipe, todos devem ser valorizados", declara Marcelo Gonçalves, funcionário do Real ABN e dirigente sindical, defendendo a alteração no PPR 2007.
Os lucros e os resultados do Real aumentaram em 2006, fruto do empenho e do profissionalismo dos bancários. Para a maioria dos funcionários o PPR não aumentou na mesma proporção, sendo esta uma das justificativas para a mudança no programa.
O programa de 2006 concentrou a pagamento de 70% dos R$ 364 milhões pagos, para menos de 28% dos funcionários. Por isso, o Sindicato insiste na necessidade de alteração do programa de 2007, contemplando assim, todos os funcionários, principalmente para aqueles com grades de 2 a 11, justifica Gonçalves.
Na segunda-feira, dia 16 de julho o banco comunicou em cima da hora a 1º Reunião da Negociação do PPR de 2007, que já ocorrerá no dia 19. Novamente o banco que indicará as pessoas que representarão todos os trabalhadores do Real e Sudameris. O banco se recusa a realizar eleições diretas para a Comissão dos Funcionários que discutirá o programa.
O Sindicato continua defendendo que os representantes dos trabalhadores sejam escolhidos pelos próprios trabalhadores, em eleições diretas e democráticas. "Por isso, propomos ao banco, que não se discuta o PPR 2007, antes da negociação com o Sindicato e com seus trabalhadores. Isto seria muito ruim para todos os envolvidos no processo, diz o diretor.
Segundo Marcelo, os acordos de PPR 2005 e 2006 não foram aprovados e assinados pelo Sindicato, pois não houve processo de negociação e discussão sobre o pagamento dos valores dos referidos planos, o que deixa o ABN sujeito à autuação e multa pela Receita Federal e o INSS.
Diálogo - A alternativa defendida pelo Sindicato, uma vez que não há tempo hábil para a eleição da comissão de funcionários, é um acordo coletivo entre o banco e o Sindicato, como também prevê a lei ordinária 10.101/2000. "Propomos ao banco o acordo coletivo para garantir o respeito ao direito à negociação e ao diálogo. Negociação pressupõe um acordo de PPR, entre trabalhadores e empresa, e não a imposição da vontade do banco, de forma unilateral" diz o dirigente.
Além do PPR o diretor do Sindicato vê a necessidade de discutir emprego, salários, convênio médico, saúde e condições de trabalho. Sobre a pauta apresentada em 2006, o banco ainda não chegou a uma conclusão ou a um acordo efetivo de trabalho, conclui Marcelo.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
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