Mobilização em Brasília será na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul. Sua presença é fundamental para a conquista de mais uma vitória. Compareça.
Ao mesmo tempo que burla a jornada de trabalho de seus funcionários e enrola para apresentar propostas que resolvam o problema, a direção do Banco do Brasil, capitaneada por Aldemir  Bendini, anuncia lucro líquido de R$ 6,26 bilhões no primeiro semestre de 2011, recorde em sua história e o segundo maior de todo o sistema financeiro.
“Com a terceirização e o uso fraudulento dos correspondentes bancários (o Mais BB, com menos funcionários), as receitas com prestação de serviços do BB atingiram R$ 8,49 bilhões no primeiro semestre. Já as despesas de pessoal atingiram R$ 6,50 bilhões, o que significa que o BB cobre 1,30 vezes a folha de pagamentos do funcionalismo somente com as tarifas, piorando as condições de trabalho e promovendo emprego indecente”, dispara Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.
Mobilizações continuam
Depois de realizar dez grandes atos em defesa da jornada legal desde o início do ano, o Sindicato convoca todos os bancários do Banco do Brasil dos edifícios sede I, II e III para dia de mobilização pelo cumprimento da jornada de 6 horas nesta quinta-feira 11 de agosto. O ato acontecerá entre 8h e 10h. A atividade foi aprovada no 22º Congresso, realizado nos dias 9 e 10 de julho, em São Paulo.
Incluída na pauta específica de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2011, a jornada de 6 horas é uma luta antiga dos funcionários do BB. “Conquista histórica da categoria, a jornada legal de 6 horas, que é regulamentada em lei, precisa ser cumprida pelo banco. Por isso, queremos a redução da jornada sem redução de salário para todos os bancários”, defende Rafael Zanon, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato e funcionário do BB.
“Ao insistir no descumprimento da legislação trabalhista, o BB vem sofrendo milhares de derrotas na Justiça. O mais impressionante é que o crescimento vertiginoso do passivo trabalhista parece não incomodar nem um pouco o Conselho Diretor do BB, que assiste de camarote à avalanche de processos judiciais cobrando a 7ª a 8ª horas”, critica Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretor do Sindicato. “Os sindicatos não aceitam e repudiam qualquer retaliação do banco com as pessoas que procuraram seus direitos na Justiça”.
Chegou a hora de o funcionalismo mostrar que está realmente disposto a lutar por respeito a um direito já conquistado desde a década de 1930. Compareça ao ato nacional pelo cumprimento da jornada de 6h no BB.
Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília
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