Banco BRB

30 de Novembro de 2016 às 14:10

Projeto de venda de ações do BRB pode ser votado nesta quinta (1º)

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Os diretores do Sindicato Eustáquio Ribeiro, Daniel de Oliveira e Cristiano Severo (foto) estiveram na tarde desta terça-feira (29) na Câmara Legislativa para acompanhar a tramitação do projeto 1370/16, que dispõe da transferência de recursos do IPREV-DF para o GDF e dá como pagamento ações do BRB.

Na ocasião, os diretores buscaram o diálogo com os parlamentares para mostrar a eles que o projeto pode ser uma abertura para a privatização do BRB, pois, diferentemente do que está escrito no projeto, o BRB não pode transferir as ações para o IPREV-DF, o que fará com que o GDF as venda para pagar o empréstimo.

Como o projeto trata de busca de recursos para pagamento de servidores do GDF, a tendência observada entre os parlamentares é de aprovação. Nesta terça, o projeto não foi votado, mas a mesa diretora da Câmara afirmou que ele será apreciado na manhã da quinta-feira 1º de dezembro.

“Os funcionários do BRB que puderem comparecer à Câmara para pressionar os parlamentares precisam fazê-lo. Este projeto precisa no mínimo ter adiada sua votação para que possam ser buscadas alternativas que evitem a venda de ações do BRB”, comenta o diretor do Sindicato Daniel de Oliveira.

O Sindicato, diante da possibilidade de aprovação do projeto, está discutindo com parlamentares a possibilidade de apresentação de emendas que protejam o BRB diante do fato de que, caso ele seja aprovado, provavelmente o banco terá de fazer oferta pública de ações.

“Precisamos buscar os mecanismos possíveis para defender o BRB. Não podemos permitir que o governador Rollemberg se utilize da necessidade de dinheiro para pagamento dos servidores como muleta para tentar privatizar o banco”, finaliza Cristiano Severo, diretor do Sindicato.

Por que o projeto 1370 é perigoso:

1 - As ações têm de ser colocadas em oferta pública, o que significa que qualquer investidor pode comprá-las, inclusive outros bancos.

2 – Mesmo que o GDF venda as ações para o IPREV-DF, com o aval da Câmara, estas ações poderão ser vendidas a qualquer momento pelo Instituto, para quem se dispuser a comprar.

3 – Comprando as ações, o IPREV-DF, ou qualquer outro investidor, se tornará o maior acionista privado do BRB (minoritário), podendo assim indicar membros para o Conselho de Administração e Fiscal, retirando estas vagas da AEBRB, o que retira um importante espaço dos funcionários nos órgãos decisórios do banco.

4 – O IPREV-DF (que pode se tornar acionista do BRB) atualmente está com superávit atuarial, até porque se trata de um fundo novo (não maduro) em fase de constituição, com poucos participantes em gozo de benefício. À medida que aumente o número de benefícios a serem pagos, o fundo terá de fazer caixa, e, certamente, venderá as ações do BRB, o que colocará sócios privados no banco, que certamente influenciarão nos rumos do BRB, afinal, qual sócio quer participar de um negócio e não poder opinar em seus rumos?

5 – A operação precisa ser verificada sob o aspecto legal, visto que o IPREV-DF, caso compre as ações, concentrará investimentos volumosos em um único ativo, o que concentra riscos para o Instituto. Desta forma, poderá vir a ser obrigado a se desfazer de parte e de todas as ações, o que, mais uma vez, coloca na rota do BRB a possibilidade de investidores privados (outros bancos) comprarem parte dele.

Da Redação

 

 

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