Três hospitais voltam a atender pela Cassi

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Uma liminar da Justiça obrigou os hospitais Santa Lúcia, Santa Helena e Prontonorte a retormar o atendimento normal dos conveniados da Cassi, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (BB). Os estabelecimentos atenderam à exigência da Justiça, mas vão recorrer da decisão. Desde quinta-feira, a maioria dos hospitais particulares iniciou um protesto contra a operadora, como forma de pressionar pelo reajuste dos serviços prestados. Sete hospitais continuam o movimento que se dá nos procedimentos eletivos, cobrados diretamente ao paciente — que depois tenta o ressarcimento junto ao plano de saúde. Além do reajuste, os hospitais se queixam que a Cassi não paga integralmente pelos serviços prestados e já acumula dívida de R$ 7 milhões.

O gerente de relacionamento com o mercado da Cassi, Cláudio Chituzzi, afirmou que uma nova rodada de negociações será iniciada hoje. “Nosso objetivo não era partir para o confronto. Isso é muito ruim. Vamos continuar negociando para conseguir garantir o atendimento aos nossos clientes. Contamos com o bom senso”, afirmou Chituzzi. A Cassi tem cerca de 600 mil beneficiários, sendo que 77 mil deles estão no Distrito Federal.

Com a liminar, obtida na noite de sábado, os hospitais Santa Lúcia, Santa Helena e Prontonorte, responsáveis pelo atendimento do maior número de conveniados da Cassi no DF suspenderam a cobrança do pagamento, no ato, dos serviços prestados. Os advogados da Cassi conseguiram a liminar alegando que o fim do contrato deve ser comunicado com antecedência mínima de 90 dias. A empresa de convênio do BB informou ainda que foi surpreendida no último dia 24 com a suspensão — sem notificação prévia — dos serviços prestados. A penalidade pelo descumprimento da liminar concedida pela juíza plantonista Ana Maria Louzada é o pagamento diário de uma multa de R$ 50 mil. (Luís Osvaldo Grossman. Colaborou Edna Simão)

Correio Braziliense