Terceirização é um dos eixos da campanha salarial dos bancários

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Além de aumento real de salário, isonomia entre antigos e novos funcionários, respeito à jornada de 6 horas, combate ao assédio moral e igualdade de oportunidades para todos, a categoria também vai reivindicar na campanha salarial deste ano mais contratações de bancários em substituição gradual à terceirização no setor. 

Além de aumento real de salário, isonomia entre antigos e novos funcionários, respeito à jornada de 6 horas, combate ao assédio moral e igualdade de oportunidades para todos, a categoria também vai reivindicar na campanha salarial deste ano mais contratações de bancários em substituição gradual à terceirização no setor. 

A terceirização da mão-de-obra nos bancos é a conseqüência mais visível da estratégia de segmentação do sistema financeiro, medida que envolve a captação de recursos e empréstimos em empresas diferentes de uma mesma holding e a oferta de uma infinidade de produtos e serviços financeiros, com a cobrança de tarifas. Com isso, outros trabalhadores passaram a executar tarefas que antes eram feitas pelos bancários. "É contra essa nova lógica, que deteriora as relações trabalhistas, que vamos lutar incansavelmente", afirmou o secretário de Imprensa do Sindicato, Eduardo Araújo.

Luta contra a terceirização

No último dia 12, foi protocolado o Projeto de Lei 1621/07, que regulamenta as terceirizações. A proposição, formatada com as proposta apresentadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), deu entrada no Congresso Nacional pelas mãos do deputado Vicentinho (PT-SP).

Para a CUT, o objetivo primordial de uma lei que regulamenta a terceirização é restringir os processos que levam a esta prática, e ao mesmo tempo, combater a precarização das relações de trabalho.

Há mais ou menos dois anos foi criado o Grupo de Trabalho de Terceirização, que debate quais as estratégias da CUT para enfrentar essa questão. O GT definiu três frentes de atuação:

1)     A busca da representação sindical dos terceirizados, ou seja, organizá-los fazendo com que tenham quem os represente;

2)     Buscar negociações coletivas que envolvam reivindicações dos terceirizados, inclusive, elaboramos uma proposta de cláusulas para a negociação coletiva para balizar a atuação dos ramos e dos sindicatos no momento das negociações em nome destes terceirizados;

3)     A atuação no legislativo, com uma proposta para elaborar um PL que coloque limites na terceirização.